quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A NOVA FACE BRANCA DO VINHO ARGENTINO

Na maior parte dos vinhos do mundo, entre uvas brancas, predomina a vinífera Chardonnay. Robusta, produtiva e altamente adaptável, ela proporciona execelentes vinhos e notáveis espumantes.


Não obstante, durante a colonização da Argentina pelos espanhóis, a casta branca Turruntes de La Rioja ou Torrontés, foi introduzida nas partes setentrionais daquele país, em Salta e La Rioja, com surpreendente aclimatação em terrenos com altitudes bem superiores aos 1.000 metros.


Nestas plagas a Torrontés encontrou o seu melhor terroir e se desenvolveu destacadamente até nossos dias para ocupar posição dentre as variedades mais importantes da Argentina.


Há alguns anos têm aparecido vinhos de Torrontés que contrariam aquele perfil original de excessivamente aromático, às vezes, enjoativo e desprovido de fineza, com final acompanhado de amargor. Isso vem animando muitas vinícolas que têm aplicado esforços especiais para oferecer boas interpretações desta variedade.




Terrazas de los Andes é uma vinícola argentina, criada pelo sofisticado grupo francês LVMH, cujo foco está voltado para identificar altitudes ideais para cada variedade expressar-se na sua maior plenitude. Nesses últimos 50 anos puderam por incontáveis e sucessivas experimentações, adequar terrenos, micro-climas, água e solo, para as castas selecionadas. Essa história começa quando a Moet & Chandon (grupo LVMH), através de um de seus enólogos, Renaud Poirier, escolheu Mendoza como o lugar para iniciar as primeiras experiências fora da França.




A vinícola Terrazas de Los Andes foi inaugurada em 1999, em uma velha bodega de 1898 recuperada, no coração de Pedriel, de frente para o imponente Cordón del Plata (Andes), identificada como terreno ideal para o cultivo das melhores uvas da província de Mendoza.

Para coroar a linha Terrazas de los Andes, aplicaram-se ao cultivo da Torrontés no seu berço andino localizado em Salta, em vinhedos na altitude de 1800 metros. Dali saem as uvas para o Terrazas Reserva Torrontés 2008, apresentado para a mídia paulista no dia 10 de dezembro passado no restaurante Pote do Rei.

No rótulo aparece a expressão unoaked para indicar que não passa por barris de carvalho, cuidado que tem a finalidade de potencializar o intenso fresco, os aromas florais e os exóticos frutados.
Na taça, aos olhos, um marelo esverdeado brilhante com reflexos dourados, no nariz, florais a jasmim e rosas, notas frutadas de manga, pêra e lichia, na boca, acidez elegante e refrescante. Com grande persistência aromática e gustativa, representa muito bem a tipicidade marcante desta variedade, com muita elegância e fineza, estabelecendo um novo marco para a Torrontés.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OS BBB FRANCESES NO ALENCAR!



A empresa francesa do vinho, Cordier Mestrezat, e a importadora brasileira Winery, realizaram no dia 16 de dezembro, no Porto Colomba, um encontro onde rolaram apresentações. conversas, degustação e um excelente jantar harmonizado pelo mestre e chef, o grande Alencar.

A Cordier Mestrezat Grands Crus tornou-se uma das referências mais respeitadas dos grandes vinhos de Bordeaux pelo seu trabalho desde 1886!


Presidentes da ABS, Gustavo Andrade de Paulo, e da SBAV, Sergio Inglez de Sousa, prestigiaram o evento.

Atualmente a Cordier Mestrezat, como uma das marcas mais tradicionais entre produtores e negociantes de Bordeaux, fatura 59 milhões de euros decorrentes da comercialização de 12 milhões de garrafas por ano. A Winery reune profissionais com mais de 15 anos de experiência na importação, no comércio e na distribuição pelo território brasileiro.

Os vinhos foram servidos na seguinte seqüência (preço ao consumidor):

Bulle de Blanquette n° 1 - branco, como vinhos para uma recepção diferente, com um espumante que nasceu bem antes do que o Champagne, e Limoux, no ano de 1531! (R$ 40)

Cordier Collection Privée 2007, branco bordalês, 80% Sauvignon Blanc e 20% Sémillon (R$ 50)

Cordier Collection Prestige 2008, branco, 70% Sauvignon Blanc e 30% Sémillon (R$ 80)

Cordier Colletction Privée Medoc 2008, 70% Merlot e 30% Cabernet Franc (R$ 70)

Cordier Désiré St Emilion Grand Cru 2006, 85% Merlot e 15% Cabernet Franc -um ultra premium (R$ 280)


Como pode ser observado, são os BBB franceses: Bordeaux, Bons e Baratos!

Para encerrar, acompanhando a sobremesa, um Bulle de Blanquette Brut Chocolate Millésimé.

(Winery - 11 - 3345 1950)









domingo, 29 de novembro de 2009

15 ANOS DA REDESCOBERTA DA CARMENÈRE

Jean-Michel Boursiquot e Sérgio Inglez de Sousa


Ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot


Na década de 1860, os vinhedos franceses, entre outros os de Bordeaux, foram atacados pela filoxera, um inseto trazido junto com as variedades americanas e que tem o péssimo hábito de devorar raízes, matando as videiras. Quando se conseguiu recuperar os vinhedos bordaleses, a casta Carmenère remanescente foi abandonada por sua fragilidade em relação a uma doença que acometia seus cachos. Assim, foi considerada extinta.

As importações de mudas de Merlot da França para o Chile deram impulso ao plantio desta casta que, posteriormente, veio a apresentar problemas na vinificação. Os vinhos traziam um certo amargor e um vegetal exagerado (pirazina).

Em 1994, o ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot, estudando parreirais de Merlot, verificou manchas de videiras nos vinhedos que atrasavam sua maturação. Estudando mais detalhadamente, verificou que, pela cor carmim da brotação e por outras características, tratava-se da casta bordalesa extinta Carmenère, que tinha vindo misturada com as mudas de Merlot.

Estava, assim, marcado o advento de uma casta emblemática da vitivinicultura chilena!

No dia 16 de novembro passado, no jantar de gala de encerramento do Primeiro Seminário Colchagua Carmenère, com a presença da Ministra da Agricultura do Chile, foi prestada, pela primeira vez, uma homenagem oficial ao ampelógrafo Boursiquot, que redescobriu a Carmenère.

A Carmenère, a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay, formam o trio de ouro da vitivinicultura do Chile da atualidade.















1°SEMINÁRIO COLCHAGUA CARMENÈRE



Com o foco no trabalho da imagem da variedade Carmenère, como emblemática do Chile e que alcança sua maior expressão no Vale do Colchagua, a PMC Vitivinicola Valle de Colchagua realizou o Primer Seminário Internacional Colchagua Carmenère, dias 25 e 26 de novembro, reunindo especialistas de várias partes do mundo e um grande público.

Os temas foram divididos em dois blocos.

O primeiro tema foi da Viticultura e Enologia, sediado no espaço de eventos da vinícola Casa Silva, contando com palestras como o Cambio Climatico y Viticultura (Luigi Bavareco, Itália), Redescubrimiento del Carmenère em Chile (Philippo Pszczolkowski, Chile), Estudio de Terroirs y Clones de Carmenère (Yerko Moreno, Chile), La renovación y la diversificación viticola para el proximo decenio (Herman Ojeda, Argentina/França), Vinificación del Carmenère de Colchagua (Mario geisse, Chile/Brasil), La importancia del Carmenère para el posicionamento del vino Chileno en el Exterior (Mario Pablo Silva, Chile), Como posicionar los Vinos Carmenère en USA? (Bruce Schneider, Estados Unidos).

O segundo tema foi o Encontro Gastronomico del Valle de Colchagua, ocorrido no setor de eventos da Viu Manent, composto de palestras como Mi experiencia visitando Chile (Michalene Busico, Estados Unidos), Peruanizar el Peru - el rescate de su cocina (Andrés Ugaz, Peru), La Fuerza de la Identidad en los Mercados Internacionales (Pilar Rodriguez, Chile), El Carmenère, un sabor icono del Valle de Colchagua (Hector Vergara).

Visitas e degustações às vinicolas Casa Silva, Viu Manent, Bisquert, Montes, Casa Laposteole e outras, fecharam com chave de ouro o acontecimento.

domingo, 25 de outubro de 2009

TRÊS FACES DO DOM PERIGNON


Com a presença do Chef de Cave Richard Geoffroy, a Moet & Chandon recebeu em São Paulo, jornalistas para um almoço harmonizado com três das mais notórias faces do emblemático champagne Dom Pérignon, ou seja, suas edições de 1995, 1998 e 2000.


A face 1, Dom Pérignon 2000, considerado misterioso e presente, foi assim comentado por Geoffroy: fresco, cristalino e nítido, o primeiro nariz revela um mundo único, aquático e vegetal, com sugestões de pimenta branvca e gardênia. A maturidade do vinho, em seguida, faz uma aparição suave antes de exalar acentos relvados. Na boca, o ataque é direto, um prelúdio para a redondeza vegetal exuberante que parece se enroscar como uma planta. As notas de anis e gengibre seco deslizam sobre cascas de frutas (pêra e manga), criando um efeito que é mais tátil do que carnal.


A face 2, Dom Pérignon Oenothéque 1995, aclamado o luxo do tempo adicional, recebeu do Chef os seguintes comentários: no nariz aromas de biscoito e as características de uma mistura de colheita cálida instantaneamente com raspas de cítricos e cereja negra. A impressão geral é de aromas defumados, torrados. No paladar, uma vez que a sensação de poder e estrutura é absorvida, a densidade da fruta é posta em relevo no palato, seguido de um puro, intenso finale mineral incisivo.


A face 3, Dom Pérignon Rosé Vintage 1998, definido como generoso e sofisticado, recebeu as notas de Geoffroy: no nariz, as primeiras notas florais rapidamente se abrem em aromas de casca de laranja e frutas secas, com características de uma colheita bem amnadurecida e especiarias recebendo madeira. No paladar, o envolvimento é amplo e a estrutura extremamente equilibrada, precisa e sofisticada. A cálida complexidade radiante persiste e vibra.


Para mim, o Dom Pérignon Oenotheque 1995 foi o grande imperador do painel, com todos os descritores acima acrescidos de uma acidez firme e elegante. Em seguida o Dom Pérignon Rosé 1998, com frescor de uma acidez presente e delicada. O Dom Pérignon 2000, estava excelente, mas ficou devendo um toque mais pungente de acidez.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

NO RANCHO DO VINHO COM OS FRIZON



O Celso Frizon é uma personalidade que dispensa frescuras e apresentações. Desde que me tenho por gente, há muitos anos, conheci o Rancho do Vinho e acompanhei o relevante papel desempenhado de ser a porta para os vinhos brasileiros que queriam entrar em São Paulo. Não vou citar nomes e marcas porque muita gente gosta de viver o faz-de-conta e não se sente bem diante das verdades.

Este emblemático Rancho do Vinho sempre foi iluminado pela cabeça do Celso, um criativo e irrequieto personagem, de grande brilho na enogastronomia brasileira.

No dia 10 de outubro último, a caminho de São Joaquim, parei para almoçar no imperador da costela (rei de meia tijela tem muitos...), certo de que seria um cidadão comum e anônimo, que passaria ali uma meia hora apreciando um bom almoço.

Mal entrei e me sái detrás de uma pilha de queijos e embutidos, o meu amigo Celso. Gritarias e abraços à parte, almoçamos juntos. Como nunca saio do Rancho do Vinho sem novidades, tomei sem moderação o Teroldego, confiando na direção segura da Rosie.

O Celso ficou me devendo uma garrafa para degustar com toda calma da minha adega, sem estrada para pegar...
Mas tive um privilégio que poucos têm: a Gabriela Frizon, com pompas e estilo, abriu e me serviu o Teroldego.

Como havia participado de um painel da Prazeres da Mesa onde rolaram vários Teroldegos brasileiros, pude avaliar a grande personalidade do rótulo Frizon. Redondo, agradável e muito boa companhia para as diversas carnes e especiarias... Obrigado Gabriela! Parabéns Celso! Quero vê-los no novo restaurante do Morumbi! Até lá!!!

sábado, 17 de outubro de 2009

SANJO LEVA SBAV PARA SÃO JOAQUIM

Nos dias 13, 14 e 15 de outubro, a SANJO, que elabora vinhos finos na altitude catarinense de São Joaquim, coordenou um Curso Básico de Vinhos da SBAV, ministrado por Sérgio Inglez de Sousa, para uma platéia de 35 pessoas.

O programa do curso varreu 60 milhões de anos da uva e os 10 mil anos do vinho, mostrando a migração das ampelídeas conformando as três grandes famílias de videiras: viníferas, americanas e sino-siberianas.

A expansão das Vitis viniferas através do Mediterrâneo e pelo interior europeu, consolidou
A classe degustou e comentou 14 vinhos...

























as múltiplas variedades viníferas como as francesas Cabernet Sauvignon e Chardonnay, as italianas Nebbiolo e Sangiovese, a espanhola Tempranillo e Garnacha, as portuguesas Castelão e Touriga... e assim por diante.

A arquitetura da qualidade dos vinhos, cuja base está nos vinhedos, foi detalhada mostrando os tratos culturais e a hora certa da colheita. Nas adegas, os processos de produção dos diferentes estilos de vinho: branco, rosém, tinto, fortificado e espumantes.

Em todas as aulas foram degustados vinhos de várias procedências para ilustrar os distintos estilos e a melhor forma de descrever sua qualidade através da degustação.

No próximo módulo, o curso abordará a enografia do Velho Mundo, descrevendo legislação dos principais países europeus e degustando seus vinhos.

domingo, 11 de outubro de 2009

SEU VINHO NÃO É RANQUEADO WX?

Um grande problema das importadoras, lojas e revistas que querem dar ênfase na divulgação de vinhos, oferecidos ou degustados, é a referência de classificadores de autoria de distantes grupos de degustadores da Europa ou dos Estados Unidos. Os vinhos são enaltecidos pela classificação em rankings como RP (Robert Parker), WS (Wine Spectator), e assim por diante.

A pergunta que fica no ar e que nem sempre tem resposta convincente: o que estas fontes têm de autoridade para interpretar o gosto médio do consumidor brasileiro?

Por esta razão, está em plena evolução o ranking brasileiro WX, com resultados obtidos a partir da degustação às cegas por grandes especialistas e formadores de opinião brasileiros.

Vale a pena prestar a atenção neste ranking. Vamos dar maiores detalhes e lista de alguns vinhos com esta classificação. Aguardem!!!

SUCESSO DO FESTIVAL SUD FRANCE NA SBAV

Com a presença de muitos jornalistas, restauranteurs, promoters e amigos do vinho, foi realizada dia 7 de outubro último, na sede social da SBAV um evento coordenado por Rogério Rebouças no qual foi apresentada a importante região vinícola do Sud France. Partiiciparam em equipe de visitantes os franceses Alaim Gayda,ex-presidente da União dos Enólogos da Europa e diretor geral da vinícola Sieur d'Arques, Henry Forgues, diretor geral da vinícola Cave Roebère - maior produtora da AOC Corbières, Elodie Le Drean,diretora de vinhos da Sud France, e Jean-Paul Dupré, deputado-prefeito de Limoux.

As sub-regiões vinícolas do sul francês englobadas no consórcio Sud France, garantem a esta instituição uma clara identidade institucional, que trabalha os vinhos da maior área de vinhedos da Europa.

Com um trabalho concentrado nestes últimos anos, a qualidade dos vinhos conheceu um incremento considerável, resultando em uma grande disponibilidade de rótulos de grande qualidade.

Chamou a atenção de todos a qualidade do Blanquete de Limoux, elaborado pelo método tradicional. O Blanquete de Limoux é o mais antigo espumante do mundo, surgido por volta do ano de 1510!

Importadoras como Barrinhas, SPGourmet, Cave Jado, Le Tire Bouchon, Winery e Decanter, apresentaram em uma feira específica, uma grande variedade de rótulos da Sud France, que foram degustados pelos mais de 80 presentes.

Jean-Paul Dupré, na qualidade de prefeito de Limoux, entregou medalhas daquela cidade, como reconhecimento pelos serviços prestados à divulgação de seus vinhos, ao ex-presidente da SBAV, Edécio Armbruster, e ao atual presidente da entidade, Sérgio Inglez de Sousa.

A imprensa falada, escrita, televisionada e eletrônica esteve presente, levantando dados, entrevistando e fotografando o grande evento francês na SBAV.

domingo, 27 de setembro de 2009

XVII° AVALIAÇÃO NACIONAL DO VINHO

A Associação Brasileira de Enologia - ABE - realizou neste ano de 2009 a décima sétima edição deste importante painel, que avaliou 317amostras de vinhos brasileiros das mais importantes regiões vinícolas do país.

Deste universo de amostras foram selecionadas 30%, correspondendo a 95 amostras classificadas e, destas, 16 vinhos que foram degustados com pompas e honras pelo público e pelos comentaristas convidados.

Os 16 vinhos mais qualificados de 2009, por ordem alfabética,foram:

Catafesta Ancellotta - tinto seco
Cooperativa Aurora Tannat - tinto seco
Cooperativa Aliança Chardonnay - branco seco
Fortalez do Seival (Miolo Group) Pinot Noir - tinto seco jovem
Lovara Merlot - tinto seco
Pernod Ricard Riesling Itálico - branco seco
Rasip Agropastoril Merlot - tinto seco
Vinicola Campestre Riesling Renano - branco seco
Cave de Amadeu - base para espumante - Chardonnay/Pino Noir
Don Guerino Ancellotta - tinto seco
Casa Venturini Chardonnay - branco seco
Miolo - base para espumante - Chardonnay/Pinot Noir
Pericó Merlot/Cabernet Sauvignon - rosé seco
Perini Moscato R2 - branco seco aromático
Salton Sauvignon Blanc - branco seco
Santo Emílio Cabernet Sauvignon - tinto seco

Vale a pena destacar o papel de vinícolas novas que já nasceram sob a filosofia da alta qualidade como, por exemplo, Casa Venturini (RS), Pericó (SC) e Santo Emílio (SC).

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

RENATO FRASCINO: HARMONIZAÇÃO NA SBAV

A SBAV - Associação Brasileira dos Amigos do Vinho - está oferecendo cursos estruturados para os apreciadores de vinho e para os profissionais da enogastronomia. No Curso Básico que se encerrou no dia 23 p.p., os conceitos apresentados nas aulas anteriores foram fechados com uma sessão de harmonização conduzida por Renato Franscino, expert dos aromas e velho estudioso de vinho.

Começando com uma conceituação clara e objetiva, Renato viajou pelas dificuldades e pelas facilidades dos casamentos enogastronômicos.

Começou com o árduo caminho de casar (e não há casamento aceitável!) rúcula, alcachofra, chocolate amargo e gorgonzola, com vinhos tintos potentes. Todo mundo fez caretas mas aprendeu o que é uma harmonização defeituosa!

Depois ele passou para os casamentos agradáveis. Mostrou a afinidade do canapê de salmão com um Sauvignon Blanc ou com um Espumante Brut.

Com o pessoal mais animado, tratou de servir um risoto ao funghi que se deu muito bem com um Chardonnay australiano com passagem pela madeira ou um Carmenère chileno. As opiniões se dividiram por uma mera questão de gosto pessoal.

Para finalizar, o Renato mandou sobremesa bem doce, quindim que fez casamento perfeito com um Porto Tawny.

Parabéns Renato Frascino! Todo mundo adorou!

sábado, 19 de setembro de 2009

AS BOAS NOVIDADES DA SBAV-SP

A SBAV - Associação Brasileira dos Amigos do Vinho está alcançando o quarto trimestre de 2009 com muitas novidades boas na sua programação mensal.

Os cursos, cuja gestão está agora centralizada na diretoria, estão se consolidando através da regularidade e do conteúdo incrementado. Os professores convidados têm sido requisitados entre pessoas de alto nível de capacitação e de renome no cenário nacional. O Curso Básico de Vinhos está acontecendo religiosamente todos os meses, enquanto que, em paralelo, se programa um curso avançado: Enografia do Velho Mundo, Enografia do Novo Mundo, Tópicos Especiais para Sommeliers, Vinhos Espumantes, etc.

O programa de eventos semanais passou por um redesenho e está trazendo apresentações sobre os mais diferentes países vinícolas do mundo, proporcionando que o apreciador deguste vinhos de uma ampla geografia mundial: portugueses, espanhóis, húngaros, italianos, sulafricanos, neozelandeses, australianos, suíços, californianos, franceses... além dos chilenos, uruguaios, argentinos e brasileiros.

Uma vez por mês, esta programação oferece palestra de um ícone do mundo do vinho brasileiro como, por exemplo, Carlos Cabral, Ennio Federico, Didu Russo, Záckia, Amarante, Luciano Percussi, Jorge Carrara, João Borges, Cesar Adames... Este nível poucas instituições podem exibir.

A ampliação das atividades no interior paulista vem ocorrendo através de filiadas. A primeira foi SBAV-SP/Jundiaí e a segunda a SBAV-SP/Piracicaba (Paulo Ferretti e Alex Gallo). O trabalho não vai parar aí.

O site SBAV está em pleno processo de modernização, com o que os apreciadores terão um veículo eletrônico atualizado e que oferecerá comunicações de bom conteúdo para o interesse dos enófilos.

Entre em contato com a SBAV e conheça os detalhes de todas as programações:
Nelson (gerente de operações)
vinho@sbav-sp.com.br ou 11 - 3814 7905.

domingo, 6 de setembro de 2009

NO NORDESTE OS MELHORES VINHOS FINOS DO BRASIL



Não é brincadeira. Este é o 6° Concurso Nacional de Vinhos Finos, evento que tem a organização atrelada ao Concours Mondial de Bruxelles que lhe dá aval e lhe confere respeitabilidade internacional. Seus resultados gosam de muita expressão no cenário vitivinícola brasileiro.

Nesta edição o Concurso Nacional de Vinhos Finos terá como teatro a bela cidade pernambucana de Petrolina, no médio vale do Rio São Francisco, que baliza uma importante fronteira vitivinícola do Brasil.

A revista Vinho Magazine,com sua longa e histórica importância, participa ativamente deste grande painel que, através de corpo de jurados experts internacionais, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, avaliará centenas de amostras e premiará as melhores com medalhas Duplo Ouro, Ouro e Prata.

A SBAV-SP, Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, avalisa o evento através da participação de seu presidente, Sérgio Inglez de Sousa, no corpo de jurados.

Aguardem a divulgação dos premiados!

TODO BRILHO BRASILEIRO EM MENDOZA



Raul Castellani, grande coordenador de eventos internacionais de avaliação, produziu o 6° VINUS, concurso internacional de vinhos e licores, realizado de 25 a 28 de agosto em Mendoza, uma das capitais mundiais do vinho.

Foram 762 amostras de vinho de 28 países e 31 de licores de 10 países, respeitável conjunto de competidores, dentro do qual a qualidade dos vinhos brasileiros foi premiada com 27 distinções:

Medalha de Ouro Duplo
Aurora Espumante Moscatel - Aurora
Peterlongo Espumante Moscatel 2008 – Peterlongo (também Prêmio País)
Salton Volpi Merlot 2006 – Salton

Medalha de Ouro
Garibaldi Espumante Premium Brut 2008 - Garibaldi
Garibaldi Espumante Prosecco Brut 2009 - Garibaldi
Peterlongo Espumante Elegance Champenoise Brut 2007 - Peterlongo
Salton Desejo 2005 – Salton
Salton Virtude 2008 – Salton

Medalha de Prata
Casa Valduga Espumante Prosecco Brut 2006 - Casa Valduga
Cave d' Castro Espumante Moscatel 2009 - Casa Garcia
Chesini Gran Vin 2005 - Chesini
Cordelier Espumante Moscatel - Cordelier
Cordelier Reserva Chardonnay - Cordelier
Cordelier Equilibrium - Cordelier
Fino Peterlongo Espumante Brut 2008 - Peterlongo
Mundvs Cabernet Sauvignon 2005 - Casa Valduga
Panizzon Espumante Moscatel 2009 - Panizzon
Panizzon Reseva Cabernet Sauvignon 2005 - Panizzon
Peterlongo Espumante Moscatel Presence Rosé 2008 - Peterlongo
Peterlongo Espumante Prosecco Brut 2008 - Peterlongo
Pietro Felice Veneza Merlot 2009 - Irmãos Molon
Salton Volpi Chardonnay 2008 – Salton
Salton Volpi Pinot Noir 2008 – Salton
Valmarino Espumante Moscatel 2009 - Valmarino
Zanotto Chardonnay 2007 - Campestre
Zanotto Espumante Moscatel - Campestre

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DIDU RUSSO CONTRA OS BRUXOS NA SBAV

Foi na SBAV - Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, dia 25 de agosto, que os presentes puderam desmistificar esta questão de vinhos orgânicos e biodinâmicos. É comum as pessoas menos esclarecidas tecerem longos comentários baseados em meias verdades, colocando esses vinhos como fruto de bruxarias e outros quetais.

O Didu, com a clareza e a simplicidade que lhe são peculiares, conduziu a todos pelo caminho do conhecimento e foi muito bem sucedido.

A agricutura química é algo de tal sorte degradativa do ambiente que deixa margem a se pensar que as famosas e respeitadas AOC francesas tês um problema com seu próprio terroir: fertilizantes e agrotóxicos de longínquas paragens, clones de outras plagas, leveduras traidoras das características que dão tipicidades aos vinhos... o terroir foi para o brejo!

Quando se fala em biodinâmica, os mal informados já comentam ironicamente de se enterrar chifres e outras práticas de preservação da natureza de um local.

Apelando para a inteligência feminina, vamos podar as videiras na mesma época em que asmulheres cortam o cabelo... na lua cheia. Conhecimentos astronômicos dão explicações a estas e muitas outras atitudes.

Quem quiser se convencer, procure assistir a uma palestra do Didu Russo. Os contrários são meros megatérios.

Boa Didu. Gostei.

sábado, 22 de agosto de 2009

VINUS E OLIVINUS - CONCURSO INTERNACIONAL NA ARGENTINA





No período de 25 a 28 de agosto, acontece em Mendoza, Argentina, mais um grande concurso de avaliação de vinhos e de azeites, com participação maciça de amostras dos principais países produtores do mundo.




O Brasil estará lá representado por vinícolas que vêm adquirindo relevância no cenário vitivinícola internacional e certamente que elas trarão muitas premiações para seus vinhos.




A indiscutível importância deste certame está na posição de especial destaque da Argentina no mundo do vinho e do azeite, além de ter na direção geral, nada mais, nada menos, que o engenheiro argentino Raul C. Castellani (na foto com Sérgio Inglez), profissional que já teve passagens profissionais pela França, Espanha e outros países, além de apresentar um vasto currículo de concursos internacionais em praticamente todo o mundo vinícola.




Sucesso garantido. Vamos acompanhar os resultados!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SEU VINHO É RANQUEADO WX?

Quando vamos comprar um vinho, procuramos sempre consultar o ranking para alguns ícones internacionais como RP - Rober Parker, WS - Wine Spectator, WE - Wine Enthusiast e assim por diante. Somos levados a aceitar como melhor um vinho que tem o peso da opinião de um grupo de degustadores que nada têm a ver com o paladar brasileiro ou com as combinações enogastronômicas no nosso país.

A Winexperts é uma instituição brasileira voltada à comercialização no mundo do vinho no nosso país e está reunindo experts brasileiros em um grupo para avaliar vinhos traduzindo as expectativas dos brasileiros. Trata-se do ranking WS.

Saiba tudo sobre o ranking WS no lançamento oficial na próxima sexta-feira, 28 de agosto, acessando www.winexterts.com.br.

VINHOS BRASILEIROS DE CASTAS INCOMUNS


No dia 17 de agosto passado, a revista de enogastronomia Prazeres da Mesa realizou no Zena Café (R.Peixoto Gomide, 1901 - Jardins), um painel de degustação de vinhos brasileiros varietais de castas pouco comuns.


O grupo de degustadores, coordenados pelo jornalista Horst Kissmann, avaliou às cegas 12 vinhos desta característica e se surpreendeu com algumas amostras e com o toque típico de algumas variedades. Obviamente que as opiniões e a quantificação das impressões tiveram uma relativa variabilidade. Vamos esperar a consolidação das avaliações no próximo número da revista.


De minha parte, fiquei muitobem impressionado com as amostras Identidade Casa Valduga Ancellotta 06, Larentis Reserva Especial Ancellotta 05, Angheben Teroldego 05, Identidade Casa valduga Arinarnoa 06, Marson Reserva Ancellotta 03 e Pizzato Reserva Alicante Bouschet 04.


Em uma opinião bem generalizada, a casta Ancellotta me parece que num primeiro ataque é a que mais agrada ao paladar brasileiro.

sábado, 15 de agosto de 2009

É AUSPICIOSO FALAR DE ESTRELAS, TIC!



Nos dias 04, 05 e 06, aconteceu o VI Concurso do Espumante Brasileiro, realização da ABE – Associação Brasileira de Enologia, em Garibaldi, que sendo um sexto concurso, bem mostrou a vitalidade crescente destas estrelas nacionais. Também, deu provas da evolução dos vinhos espumosos brasileiros pelo aumento de amostras inscritas por um grande conjunto de produtores desconhecidos e de grandes casas vinícolas nacionais.


Como jurado com mais de uma participação neste evento, pude comparar edições e posso afirmar que o nível de qualidade vem crescendo a ponto de tornar cada vez mais difícil a tarefa de separar somente 30% das amostras para premiação. Mas isto não é um problema, é uma enorme satisfação de apreciar e aprovar!


Foram 205 amostras inscritas por 66 vinícolas e avaliadas por um corpo de 65 degustadores das mais distintas posições no mercado, enólogos, jornalistas, escritores, professores e assim por diante. Todos trabalharam segundo as normas internacionais da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) e da União Internacional dos Enólogos (UIOE), para classificar cada amostra com uma nota e, assim, premiar de acordo com as pontuações 30% das amostras, ou seja, 62 foram premiadas.


As premiações foram: uma Grande Medalha de Ouro (pontuação no intervalo 94 a 100), 48 de Medalhas de Ouro (pontuação no intervalo 88 a 93) e 13 Medalhas de Prata (pontuação no intervalo 84 a 87). As amostras foram divididas em três categorias e dentro de cada uma foram premiados os de maior pontuação: Espumante de Segunda Fermentação (Champenoise), Espumante de Segunda Fermentação (Charmat) e Espumante de Primeira Fermentação (Moscatel).


Grande Medalha de Ouro
Dal Pizzol Vinhos Finos, Do Lugar Espumante Brut Charmat

Medalha de Ouro
Adega Chesini, Espumante Moscatel Cave del Vêneto , RS.Calza Júnior, Espumante Champenoise Brut , RS.Casa Valduga, Espumante Arte Brut, RS.Casa Valduga, Espumante Prosecco Premium Brut, RS,.Coop. Aurora, Marcus James Espumante Brut, RS.Coop. Garibaldi, Espumante Moscatel, RS.Coop. Garibaldi, Vale Real Espumante Moscatel, RS.Coop. São João, Castellamare Espumante Brut Chardonnay, RS. Coop. Aliança, Espumante Brut, RS.Coop. Pompéia, Miraggio Espumante Brut, RS.Coop. Pompéia, Miraggio Espumante Moscatel, RS.Dal Pizzol, Dal Pizzol Espumante Brut Charmat, RS.Dal Pizzol, Do Lugar Espumante Moscatel, RS.Don Bonifácio, Quinta Don Bonifácio Espumante Rosé Demi-Sec, RS.Valmarino, Espumante Champenoise Brut, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Prosecco Brut, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Brut Cardonnay/Viognier, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Pinot Noir Rosé Brut, RS.La Cantina, D' Costa Espumante Charmat Brut, RS.La Cantina, D' Costa Espumante Champenoise Brut, RS.La Cantina, La Cantina Espumante Moscatel, RS.Vinícola São Luiz, Don Naneto Espumante Brut, RS.Irmãos Molon, Pietro Felice Espumante Champenoise Brut, RS.LC Marcon, Casa Geraldo Espumante Moscatel, MG.Miolo, Espumante Millésime Brut, RS.Pernod Ricard Brasil, Almadén Espumante Brut, RS.Panizzon, Espumante Brut Rosé, RS.União de Vinhos, Monarca Espumante Brut, RS.Don Laurindo, Espumante Brut Champenoise, RS.Velha Cantina, Cave Antiga Espumante Moscatel, RS.Salton , Espumante Brut Reserva Ouro, RS.Salton, Espumante Prosecco Brut, RS.Salton, Espumante Meio-Doce, RS.Cordelier, Granja União Espumante Brut, RS.Cordelier, Cordelier Espumante Moscatel, RS.Dom Cândido, CV Dom Cândido Espumante Brut, RS.Dom Cândido, DC Dom Cândido Espumante Brut, RS.Dom Cândido, DC Dom Cândido Espumante Moscatel, RS.Góes & Venturini, Vívere Espumante Moscatel, RS.Panceri, Espumante Moscatel, SC.Pedrucci, Pedrucci Espumante Brut, RS.Pericó, Cave Pericó Espumante Brut Rosé, SC.Perini, Casa Perini Espumante Prosecco Brut, RS.Perini, Casa Perini Espumante Tradicional Brut, RS.Perini, Casa Perini Espumante Nature, RS.Peruzzo, Espumante Brut, RS.Salvador, Salvattore Espumante Moscatel, RS.Viapiana, Viapiana Espumante Moscatel, RS.

Medalha de Prata
Abegê Participações, Don Giovanni Espumante Moscatel, RS.Calza Júnior, Espumante Brut Charmat, RS.Fabian, Intuição Moscatel, RS.Panizzon, Espumante Chardonnay Brut, RS.Panizzon, Espumante Prosecco Brut, RS.Faé , Espumante Brut, RS.Salton, Espumante Poética Brut, RS.Dom Hermínio, Pasini Espumante Moscatel, RS.Gazzaro, Beppe Espumante Moscatel , RS.Giaretta, Giaretta Espumante Brut, RS.Pedrucci, Espumante Moscatel, RS.Peterlongo, Espumante Prosecco Brut, RS.Peterlongo, Fino Espumante Peterlongo Demi-Sec, RS.


Para o presidente da ABE e do Concurso, Carlos Abarzúa, "o concurso é uma oportunidade para comprovar a qualidade do espumante brasileiro, já reconhecida mundialmente". Para mim, que acompanho o vinho nacional há décadas, foi a consolidação de Garibaldi como o maior celeiro brasileiro de espumantes finos. Tic!

sábado, 8 de agosto de 2009

NA SBAV-SÃO PAULO, UMA NOITE HÚNGARA

No dia 27 de julho, na SBAV-São Paulo, tivemos um jantar harmonizado pelo médico José Oswaldo Borges Cruz, cozinha coordenada por Lizzy e Manica, que trouxe o deleite dos Cárpatos, insinuando som de violinos e as vibrantes cores ciganas. A tipicidade dos pratos cumpriu o papel de destacar os vinhos de diferentes maneiras.

Para a recepção, foi servido um espumante brut, Törley Dry, com traços de melão e abacaxi, sobre uma acidez bem comportada.

Como entrada, três patês (fígado, ricota ao dill e páprica) que se combinaram diferentemente com os vinhos: o branco Aranymetszés-Balatoni, da casta Irsai Oliver, elegantemente aromática, o Versztergombi Bikavér, tinto de corte com rusticidade que pede acompanhamento, e o Mátrai Muskotály, vinho branco suave, amoscatelado.

O primeiro prato foi um delicioso filé de peixe ao molho branco, bechamel com sotaque húngaro, aromatizado com dill e enriquecido com creme de leite. Foi servido com a tradicional salada de pepino salpicada de páprica. O vinho de ótima harmonização, o Tokaji Härslevelú, um branco seco delicado e muito interessante.

O segundo prato trouxe carne com molho. A maciez e o sabor da carne (patinho) foram apurados durante horas de fogo brando. Para acompanhamento, a massinha húngara cuja aparência lembra nosso nhoque, mas não leva batata. O vinho escolhido foi um vinhaço! O tinto Vesztergombi Kékfrankos Barrique, foi um sucesso só e com o prato.

Como sobremesa, outra tradição magiar, o rocambole de nozes. É claro que o vinho foi o maravilhoso Tokaji Aszú 3 puttonyos.

(que saber mais: joborgescruz@globo.com / vinhosgyorgy@terra.com.br )

segunda-feira, 27 de julho de 2009

top ten merlot brasileiros

Palestra de Sérgio Inglez, no Hyatt, dia 6/06/09 apresentou um grupo de 10 merlot brasileiros para o caderno Paladar do Estadão. Os presentes não só ficaram admirados com as muitas alternativas, como aprovaram as amostras degustadas:
dom abel, suzin, storia, pizzato, terroir, desejo, argenta, dezem, villaggio grando e lidio carraro.

sábado, 24 de janeiro de 2009

SBAV – SOCIEDADE BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO COM NOVO PRESIDENTE

CURRICULUM VITAE



Sérgio Inglez de Sousa vem de uma família de antepassados escritores. Mais proximamente, seu pai, cientista pesquisador, recebeu o Prêmio Jabuti por seus trabalhos. Sérgio tem também filhos escritores. É engenheiro mecânico, especializado em administração industrial, pesquisador sobre enogastronomia há décadas. Fez e ministrou cursos em praticamente todas as grandes regiões de vinho do mundo. Além dos cinco livros editados, lança mais um livro sobre vinhos, em 2009. Como colunista, articulista e colaborador de várias mídias especializadas em enogastronomia (Vinho Magazine, Vinho & Cia, Bom Vivant, Alta Gastronomia, Manual do Churrasco, Churrasco & Cia, Bianchini, Playboy e outras), tem centenas de artigos publicados, além de participações em sessões de jornais e programas em rádio e televisão. Foi agraciado com o troféu Vitis 2002 da Associação Brasileira de Enologia, por seu trabalho de divulgação do vinho. É comumente chamado para jurado de concursos nacionais e internacionais de avaliação de vinhos. Tem ministrado aulas em cursos do Senac, Univali, ABS, SBAV, além de cursos livres para empresas, eventos e grupos.

Sérgio é o novo presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho - SBAV. A eleição ocorreu em 25 de novembro p.p. e vale para o biênio 2009/2010.


A SBAV - SOCIEDADE BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO – SBAV

Entidade brasileira pioneira das associações de apreciadores de vinho, há cerca de trinta anos difunde a cultura do vinho por meio de reuniões, cursos, sessões de degustação e eventos, voltados a todos os níveis de apreciadores, além dos projetos específicos para sommeliers, enogastronomia, degustação às cegas, feiras e viagens enogastronômicas.

SBAV – aprendendo com alegria, convivendo com prazer!


O VINHO E A SBAV


SBAV-ALEGRIA DE APRENDER, PRAZER DA CONVIVÊNCIA
DIDU RUSSO, CONDE FRANCESCO CINZANO E SERGIO INGLEZ
O vinho, ao lado do pão, é dos mais antigos alimentos da humanidade. Já foi remédio, já lavou feridas, já saciou fome e sede, mas principalmente aqueceu o corpo e o coração do homem. O vinho multiplica, expande e confraterniza. O vinho mexe com a memória, com a percepção sensorial, traz amplitude a nossos horizontes. Comer e tomar vinho é um exercício, um jogo divertido que aproveitamos ainda mais se praticamos com amigos.

A degustação não é um ato misterioso. É o puro exercício do prazer. Toma-se um vinho e se aprova ou não, de acordo com o próprio gosto. Se aprovar um vinho, cada um vai se aprofundar na busca dos aromas que o deliciaram. Vai realizar uma exploração sensorial viajando por sua cor, seu brilho, seus reflexos, vai aspirar seu buquê, finalmente, vai sentir seu sabor.

Todo mundo quer saber qual é o melhor vinho, mas na verdade o melhor vinho é aquele de que a gente gosta. Há tintos maravilhosos, há brancos magníficos, há rosés fantásticos, há espumantes e fortificados divinos. Hoje se pode querer tomar um vinho que seja refrescante, amanhã preferir um tinto robusto, outros dias pedem uma uva diferente, uma safra antiga e assim por diante.

As mudanças de clima estão beneficiando grandemente as regiões produtoras nacionais e excelentes vinhos estão sendo produzidos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nos próximos anos, os vinhedos de viníferas paulistas e mineiros vão aparecer com destaque de seus vinhos de qualidade.

Eu escrevo livros, folhetos e artigos. Participo semanalmente de painéis de degustação de vinhos do mundo todo. Ministro palestras para todos os tipos de grupos interessados, desde amigos a empresas. Sou professor de cursos em instituições como o Senac, Unicamp, Univali e instituições enológicas. Presto assessoria a vinícolas, lojas, importadoras... enfim, vivo esta bebida a todo momento. Como presidente da SBAV terei maiores chances de divulgar vinhos, de ensinar a arte da degustação e de treinar as pessoas em harmonização enogastronômica, cumprindo de maneira mais ampla a tarefa de difundir a cultura do vinho no Brasil.