segunda-feira, 22 de novembro de 2010

DEGUSTAÇÃO VISUAL - PRIMEIRO PASSO DA FORMAÇÃO DA COR

Nos concursos oficiais, nas degustações de revistas ou associações e mesmo nas sessões mais livres, via de regra, damos pouca atenção aos aspectos visuais. É até compreensível, porque nestes painéis só se colocam vinhos em boas condições.

Mas, nem por isso a avaliação visual deve ser olhada como de menor importância.

A visão é o nosso controle de segurança. Caso o aspecto visual não nos ofereça confiança, não seguimos em frente, inclusive na degustação de um vinho.

A cor do vinho é um registro fiel do seu estado. A visão consegue captar pela cor o perfil do vinho: tipo, a idade, sanidade e qualidade.

Os vinhos tintos têm cores dos vinhos que variam desde os fatores presentes no vinhedo até as condições sob as quais a garrafa foi conservada até a abertura para serviço.

No vinhedo ocorrem a variada existência dos pigmentos da casca da uva que depende da variedade, dos tratos culturais do viticultor, do terroir e do processo de maturação antes da colheita.

Como não somos e nem queremos ser enólogos, vamos falar dos pigmentos sem frescuras para quem realmente aprecia o vinho, os enófilos.

A cor original do vinho decorre de pigmentos do tipo antocianos, antociano-tanínicos e taninos. Para simplificar mais ainda, antocianos com seu vermelho rubi e taninos com seu vermelho escuro. Os reflexos violáceos presentes nos vinhos novos anunciam uma acidez mais acentuada.

Esta cor inicial será mais clara para vinhos de Pinot Noir, escuras para Cabernet Sauvignon, muito escuras para a Tannat e quase negra para algumas castas portuguesas.
Não estou considerando como vinho bem colorido a malandragem enológica de acrescentar enoantociano comprado na farmácia da esquina para corrigir (enganar o consumidor) a falta de cor de uma uva de baixa qualidade.

Ainda na videira, os cachos de uva necessitam de uma certa dose de insolação que o viticultor ajuda ao desfolhar da cortina vegetal as folhas que sombreiam excessivamente.

O terroir participa com a constituição do solo, o relevo do terreno, a orientação do vinhedo para a rota diária do sol, temperaturas altas de dia, temperaturas baixas de noite, ventilação e ausência de chuvas no período da maturação e na época da colheita.

A colheita pode ser realizada na quase madurez para os espumantes, na madurez para os vinhos normais, na super-madurez para vinhos especiais e com a uva congelada para os ice wines.

Após a colheita, com a uva na adega, começam as influências de outros fatores relacionados com a vinificação, que serão comentados no SEGUNDO PASSO DA FORMAÇÃO DA COR!








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