segunda-feira, 15 de novembro de 2010

FROM RUSSIA WITH LOVE...AND WINE

Quando as videiras viníferas, após cem milhões de anos de migração a partir da região polar norte, aportaram no refúgio armenio, ali encontraram o terroir ideal para seu desenvolvimento.

O refugio armênio é uma região formada por terras turcas, armênias, geórgias e plagas circunvizinhas até o Mar de Azov, em cujas florestas cresceram muitas videiras viníferas que pela exuberância tornaram-se alimento sazonal dos povos locais.

Com o abandono do nomadismo, a região se tornou berço de origem do vinho de viníferas.

Se uma mulher armenia descobriu acidentalmente o vinho ao lavar jarros de coleta de uva na floresta, deve-se ao povo geórgio a formação do primeiro vinhedo de viníferas do mundo! Isto talvez lá pelos 6 mil anos antes de Cristo!

Armênios, Cananeus, fenícios, gregos, romanos...numa seqüência milenar, levaram a videra e o vinho para o mundo. Centenas de variedades distintas surgiram pela aclimatação a cada país gerando castas francesas, italianas, gregas, espanholas, portuguesas e alemãs. Obviamente que nunca se deu atenção às que ficaram pelos distintos terroirs do berço original.

As diferentes videiras originais foram sendo cultivadas a partir da Georgia, para baixo e para cima, passando pelo Mar de Azov, alcançando a Moldovia e a Ucrania, formando as principais regiões vitivinícolas da Russia.

Das variedades mais cultivadas e de maior relevo nesta parte do mundo, duas se destacam: a branca Rkatsiteli e a tinta Saperavi.

Rkatsiteli, desconhecida do consumidor ocidental, cobre a terceira área plantada do mundo. Seu vinho é muito delicado, acidez saliente e de complexidade comparável à Riesling. Se você não pode ir à Russia, vá aos Finger Lakes nos Estados Unidos e aprecie o Rkatsiteli do Dr. Konstantin!

Saperavi, com grande concentração de taninos e antocianinas, resulta vinho tinto de cor escura profunda, alto teor de álcool, elementos que suportam um longo envelhecimento.

A Russia ocupa lugar de destaque entre os países produtores de vinho, mas o que mais chama a atenção é para o futuro brilhante que deverão ter seus vinhos quando alcançarem o mercado ocidental.

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