segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O LADO GAY DE BACO

Inúmeras lendas ligam a videira, a viticultura e o vinho ao deus Baco. Sob este nome romano ou sob muitos outros, como Dionísio, na Grécia, Líber, na Índia e Osiris, no Egito, a história mitológica de Baco é cercada de fantasias e rica em versões.

Segundo a lenda mais corrente, Baco era fruto do amor de Semele, amante de Júpiter. Hera, mulher do deus, sabendo do romance, mata Semele, grávida. Júpiter costurou o feto em sua perna, numa paródia da enxertia da videira, até que ficasse pronto para nascer. A criança Baco foi dada para Cibele que o criou nos bosques da Frígia. Valente caçador e grande curtidor da vida, Baco passa o tempo nesses bosques, em caçadas e divertimentos, num vale-tudo total.

O homossexualismo masculino é muito frequente na mitologia ocidental, como é o caso do amor entre Aquiles e Pátroco, entre Apolo e Branco e outros. Cavazza (Viticoltura, Torino,1923) conta que um dia Baco conhece Ampelo, jovem gracioso, e dele se enamora. Ate, a deusa do mal, mata Ampelo usando um touro enfurecido. Baco, desesperado, chora a perda do jovem amante.


Segundo rezam as lendas, dos cabelos de Ampelo e das lágrimas de Baco nasce a videira, e do sangue de Ampelo brota o vinho. O termo ampelografia origina-se do nome do jovem rapaz amante de Baco.

Se dermos crédito à mitologia, é graças ao lado gay de Baco que podemos desfrutar dos prazeres do vinho...

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