quinta-feira, 30 de junho de 2011

DELIZIANDO - DELÍCIAS ITALIANAS DA EMILIA-ROMAGNA

O Projeto Deliziando traz pela primeira vez para São Paulo de 11 a 13 de julho de 2011, no Hotel Renaissance, os melhores e mais tradicionais sabores dos produtos agroalimentarers da Emilia-Romagna (Itália), possibilitando que se aprecie uma das mais tradicionais gastronomias do mundo.

O evento é organizado pela Unioncamere, Regione e Enoteca da Emilia-Romagna, com o apoio do Desk Promec Modena, e vem ao Brasil com oito produtores locais, que apresentam a excelência do que produz na enogastronômica da Emilia-Romagna, em especial, os vinhos.

A pequena amostra visa desenvolver e criar oportunidades de negócio para empresas da região e consolidar a presença dos produtos italianos em mercados potenciais, como o Brasil. Na programação palestras e workshops com profissionais do setor, rodadas de negócio com importadores/ operadores locais e degustações, incluirão visitas técnicas aos mais representativos pontos de venda e empórios da cidade.

Reconhecidos e apreciados em todo o mundo, a produção típica da região Emilia-Romagna, destaca-se pela diversidade e excelência de seus produtos como tradicionais vinhos, aceto balsâmico, famosos queijos, embutidos especiais e azeites.

A qualidade é garantida por uma série de certificados como o D.O.P. (Denominação de Origem Protegida), I.G.P. (Indicação Geográfica Protegida), D.O.C. (Denominação de Origem Controlada), D.O.C.G. (Denominação de Origem Controlada e Garantida) e I.G.T. (Indicação Geográfica Típica), entre outros.

Estarão participando os seguintes produtores: CANTINA DI SORBARA; AZIENDA AGRICOLA ZANASI; GRUPPO CEVICO SOC COOP AGRICOLA; FATTORIA DEL MONTICINO ROSSO DI ZEOLI ANTONIO; AZIENDA AGRICOLA GAGGIOLI MARIA LETIZIA; FATTORIE VALLONA; AZ. AGR. BOTTI DI FABIO BOVINA; AZIENDA VINICOLA ENIO OTTAVIANI & C. SNC.

O projeto Deliziando oferece às empresas, em especial desta região da Itália, oportunidades reais no desenvolvimento de projetos de exportação e internacionalização de seus produtos. Atualmente a Emilia-Romagna é responsável por um sexto do total das exportações italianas no setor.

O projeto já percorreu importantes mercados como Reino Unido/ Irlanda; Norte da Europa - Dinamarca, Finlândia, Suécia, Noruega; Áustria e Europa Oriental - Rússia, Bulgária, Polónia, República Checa, Hungria; Hong Kong e Cingapura. Os três primeiros grupos são mercados já consolidados, em que as atividades promocionais foram realizadas pelo menos nos últimos três anos e os demais são mercados potenciais, para a promoção e a introdução dos alimentos e vinhos da Emilia-Romagna.

No Brasil, as atividades de promoção foram iniciadas com a visita de uma delegação brasileira à Feira Vinitaly (Verona – Itália), em abril, e à Feira de Parma, em junho deste ano. Ainda, está programado, para o segundo semestre de 2011, ações em supermercados e lojas do setor e seminário sobre o mercado de vinho no Brasil, a ser realizado em fevereiro de 2012, na Itália.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

CERVEJAS DO MUNDO - UMA FESTA DOS SENTIDOS

A degustação seguiu os passos para avaliação objetiva das cervejas. Taças transparentes e preenchidas corretamente a 45° até a formação do colarinho de espuma. A ficha de degustação adotada foi a desenvolvida pelo Blog Todovinho para esta finalidade: Aparência (cor, espuma e transparência), Paladar (ataque de boca. sabor e Amargor), Olfato (aromas e cheiros defeituosos). A escala de notas de 0 a 100.

Cervejas degustadas:

1. Birra Moretti, premium lager, Heineken Itália, Itália, 4.6% de álcool - cor amarelo, espuma branca de aspecto cremoso, ótima transparência, ataque de boca com média cremosidade, crescimento médio sobre a lingua, amrgor leve e agradável, aromas ácidos e de pão. Sem aromas defeituosos. Nota 84.

2. Amstel Pulse, premium lager, Amster, Holanda, 4.7% de álcool - amarelo dourado mais intenso., espuma branca cremosa, ótmo ataque de boca, muito cremosa, bom crescimentosobre a lingua, amargor correto, aromas fermentários, tabaco, azeitona e fruta tropical. Sem aromas defeituosos. Nota 90.


3. Edelweiss, weissbier (trigo), Hefbrau, Áustria, 5.5% de álcool - amarelo dourado médio, média cremosidade e bom crescimento sobre a lingua, baixo amargor, aromas de cravo, canela, anis e frutas. Sem aromas defeituosos. Nota 86.

4. Irish Red, red ale, Murphy's, Estados Unidos, 5% de álcool - cobre claro, espuma cor de palha, cremosa, boa transparência, ótima cremosidade e médio crescimento sobre a lingua, médio amargor agradável, aromas de cravo, banana e pão. Sem aromas defeituosos. Nota 88.



5. Irish Stout, stout, Murphy's, Inglaterra, 4% de álcool - Marrom escuro, espuma cremosa na cor creme, sem transparência (corpo de cor intensa), muita cremosidade na boca, médio crescimento sobre alingua, forte e agradável amargor, aromas de chocolate, tabaco e banana. Sem aromas defeituosos. Nota 88.


6. Xingu, cerveja escura premium, CKRR, Brasil, 4% de álcool - Marrom, espuma cremosa de cor creme com toques de marron, superfície irregular do colarinho, ataque meio cremoso, médio crescimento sobre a lingua, baixo amargor, aromas de pão e leve banana. Sem aromas defeituosos. Nota 84.



Conclusão: painel de cervejas de boa qualidade com diferentes níveis de agradabilidade.

(maiores informações sobre cervejas: antonio.montano@bm.com)   

terça-feira, 28 de junho de 2011

VINHOS DE ALTITUDE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Gostaria de descrever os predicados de mais uma fronteira vitivinícola brasileira, mas as condições climáticas que se abateram sobre a região serrana mineira nas proximidades da Serra da Mantiqueira desfizeram muito do trabalho árduo de vinhateiros abenegados.

Pensei que só o governo brasileiro fosse omisso em relação ao vinho brasileiro. Tenho que confessar minha decepção com o governo mineiro. A vitivinicultura é uma tividade muitas vezes milenar e é quase atávica ao ser humano. Onde ela existe traz desenvolvimento cultural, social e econômico. É a única reforma agrária natural, pacífica e auto-sustentável. A área governamental brasileira, por falta de cultura específica, desconhece e abandona essa atividade à própria sorte e aos esforços de quem a abraça.

Não existe apoio ou linha de crédito agrícola facilitada, nem política de compensação às perdas sofridas pelas chuvas de janeiro deste ano de 2011, que ceifaram além de bens  materiais, a vida de aproximadamente 1.400 pessoas no Estado. Um dos rios da região próxima a Andrelândia, em Aiuruoca, subiu oito metros acima de seu leito normal. E morreram pelas cheias oito pessoas.

Deste modo, as safras de 2008 a 2011 foram desastrosas. Os chumbinos, princípios das bagas dos cachinhos infantis, desgranaram em 95% e cairam antes de um mês do desenvolvimento. Nem EPAMIG, nem EMBRAPA, nem outros órgãos sérios e bons de apoio agrícola possuem tecnologia para fazer face às inundações e enxurradas, ou seja, à devastação feita pela mudança climática.

Na microrregião serrana,  para se ter uma idéia, de 12 produtores de uva que estavam registrados em 2000, sobraram 4. Um a um, foram-se fechando os plantios de uvas, as adegas, devido à inviabilização patente do negócio nas condições reinantes e na falta de apoio oficial.

Os vinhos da região não são de altitude no momento, são de devastação e restos de inundação, vítimas das mudanças climáticas, revelando a acidez rascante das uvas restantes e seu grau insuficiente de sacarose. Normalmente os vinhos mostram-se fortes, honestos, 100% de mosto de uva trabalhadas quase que artesanalmente sobre a pedra moledo, famosa no passado por ser drenável e muito porosa. Nem isto é verdade ultimamente.

Como exemplo, a pequena Vinícola ABN, insiste na verdadeira luta para nascer e aparecer. As condições são contudo bem contrárias ao processo de sua evolução, haja vista a sobrevalorização cambial, que faz entrar caudalosamente os vinhos argentinos, chilenos, europeus e de outras longitudes e latitudes.
O povo da região é ótimo, maravilhoso, prestativo e solidário Só faltam os órgãos governamentais acordarem para alavancar esta interessante alternativa de vitivinicultura de altitude.

Senhores governantes mineiros! Acordem! Esta é a grande chance de fazerem um trabalho dignificante para este grande Estado brasileiro! 





segunda-feira, 27 de junho de 2011

VINHO DO PORTO – NASCE UM NÉCTAR MUNDIAL

Quando pensamos em vinhos das mais tradicionais geografias vinícolas do mundo sempre o fazemos como se elas e eles sempre tivessem existido, algo assim como atávico à nossa existência. Mas quase sempre estamos equivocados. Como parâmetro basta lembrar que a unificação da Itália ainda está longe de comemorar os 200 anos.

Balizados por essa realidade, passeamos pelas regiões de Bordeaux, Borgonha, Rioja, Montalcino, entre outras tantas, e vemos que os bons vinhos são conquistas recentes da humanidade.

Mas o que existia antes se sempre o homem se serviu do vinho para alimentar-se ou para se aquecer de corpo e alma?

Dilatando-se o período da história vamos encontrar os vinhos fortificados que, embora não cheguem aos primórdios, marcam a separação entre os primitivos vinhos de poucos predicados e os atuais vinhos de qualidade.

Um desses marcos e dos mais importantes é o Vinho do Porto.

A região produtora fica distante não menos do que cem quilômetros da cidade que lhe empresta o nome, e engloba terras das serras do Marão e de Montemuro, região que começa na fronteira com a Espanha e se estende até a cidade portuguesa de Barqueiros, sempre margeando o Douro s e de seus tributários.

Nas vertentes desses tantos rios a paisagem é homogeneamente dominada pelos vinhedos que se agarram às acentuadas encostas.

Dando um salto sobre o passado mais afastado, durante o reinado português de D. Fernando, em 1353, foi assinado acordo entre Portugal e Inglaterra que autorizava pescadores lusitanos a pescar bacalhau nas costas inglesas. Essa circulação de embarcações facilitou a introdução de vinhos do norte português, Minho, embalados em recipientes de couro ou em barris, para os consumidores ingleses através do escambo, ou seja, troca com produtos daquele país. Obviamente, a maioria dos vinhos da qualidade da época que não passariam de zurrapas na atualidade.

Nesses tempos os comerciantes ingleses faziam negócios com agentes instalados na cidade do Porto e desconheciam a região do Douro, origem dos vinhos.

Em 1678 dois filhos de um comerciante inglês de vinhos portugueses fizeram uma viagem de férias para a região do Porto, assim aproveitando para aprender mais sobre a natureza daquele produto que era importante nos negócios da família. Instalados num mosteiro da região do Douro tiveram oportunidade de provar um vinho da região que realmente foi uma novidade muito marcante. Para despachar para a Inglaterra e resistir ao tempo de viagem, fortificaram-no com um pouco de aguardente vínica portuguesa. Essa nova versão do vinho foi imediatamente aprovada pelos consumidores ingleses e se tornou um estilo exigido pelo mercado. Estava criada a versão primeira e original do Vinho do Porto, dando como idade ao estilo pouco mais de 330 anos.

A partir desse evento os séculos seguintes assistiram à redução da participação dos vinhos do Minho e o conseqüente aumento da preferência dos comerciantes para os do Douro. A porta comercial da Inglaterra sempre em expansão e abertura para novos compradores da França, Itália e Alemanha, foram consolidando o vinho do Douro.

Na altura do século XVII, por volta do ano de 1660, fez-se conhecida a primeira referência aos vinhos dourenses como Vinho do Porto.

Nessa época ocorria a deterioração das relações da Inglaterra com a França que redundou na elevação das taxas de exportação dos vinhos de Bordeaux e, como conseqüência, a resposta inglesa de boicote aos vinhos dessa origem.

Somados os fatos e eventos, aconteceu a verdadeira descoberta dos Vinhos do Porto pelos ingleses e o início da instalação e operação em ritmo crescente de escritórios ingleses na cidade do Porto. A evolução dos negócios foi tal que em 1703 os dois países celebraram o Tratado de Methuen, desonerando as taxas de importação de tecidos ingleses e vinhos portugueses.

Essas novas condições injetaram mais força de expansão na transações do Vinho do Porto, e uma forte pressão para a melhoria da qualidade, sobre uma capacidade total de produção muito aquém da procura.

A matéria prima complementar foi buscada em vinhedos implantados em locais inadequados com produção de uvas inferiores, assim como em outras regiões externas ao Douro. Para completar os fatores negativos aplicou-se a prática da colocação de elementos estranhos à uva para gerar a cor característica. Com todos esses inputs a produção elevou-se drasticamente e perdeu os encantos de sua qualidade original.

O mercado inglês, sempre controlador, fez com que os preços despencassem assustadoramente e jogasse a reputação dos vinhos em total descrédito.

Nesse inferno astral surgiu a figura do Marquês de Pombal que com seu pulso e a grande visão empreendedora, induzindo a criação da Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro, através do alvará régio em setembro de 1756.

Em 1761 foi feita a demarcação dos limites da área oficial de produção, e o conjunto de vinhedos formou a primeira região vinícola oficialmente demarcada do mundo. Vejam, não chega a ter 300 anos de existência!

Mas com todas as providências tomadas a partir de então construíram e consolidaram a imagem do atual Vinho do Porto, o que nos autoriza a indicar este acontecimento e esta personalidade como as bases do nascimento deste grande néctar da enologia mundial.

domingo, 26 de junho de 2011

KAISER BOCK APRESENTA SUA VERSÃO 2011

Nessa segunda quinzena de junho a Heineken do Brasil estará colocando no mercado das regões sul e sudeste a safra 2011 da sua cerveja premium sazonal Kaiser Bock, com sua conhecida coloração avermelhada e o sabor mais forte que lhe dá personalidade e a diferencia das cervejas mais comerciais. 

A inconfundível cerveja Premium sazonal é um dos ícones mais aguardados do inverno brasileiro. A marca faz parte do portfólio da Heineken Brasil e neste inverno estará disponível na versão lata 350ml.

“Os consumidores que preferem uma cerveja sofisticada poderão degustar, com a chegada do inverno, todo o sabor de Kaiser Bock Safra 2011. A cerveja possibilita degustação diferenciada com os amigos, em clima de celebração e alegria, características dos consumidores do produto”, ressalta Mariana Stanisci, Gerente Senior de Marcas Mainstream da Heineken Brasil.

Desde 1993, quando foi lançada, a Kaiser Bock tem seus insumos importados da Europa e a tradicional receita puro malte, o que se traduz em uma cerveja de sabor encorpado, coloração avermelhada única, aroma marcante e teor alcoólico mais elevado do que as cervejas mais comerciais consumidas no país.

Como falamos dias atrás sobre degustação de cervejas, a Kaiser Bock merece um serviço mais atento para que se desfrute seus predicados. Edmundo Albers, mestre cervejeiro e diretor industrial da Heineken Brasil, ensina o ritual de degustação: “Kaiser Bock é uma cerveja de coloração, aroma e sabor únicos, que deve ser servida em uma taça especial transparente para ressaltar sua cor avermelhada e exclusiva. Sirva inclinando a 45º, e a 10 cm de altura. O colarinho deve ultrapassar a linha da boca da taça para acentuar o aroma do lúpulo e preservar o seu sabor exclusivo”.

Marca de cerveja premium mais internacional e conhecida no mundo, a Heineken pode ser consumida em quase todos os países. A Heineken International é a maior cervejaria da Europa, segunda do mundo em rentabilidade e a terceira em volume. A Heineken opera 140 cervejarias em mais de 70 países, e em 2010 vendeu 205 milhões de hectolitros.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

DEGUSTAÇÃO DE CERVEJAS: RITUAL PARA O PRAZER!

As cervejas tem características organolépticas específicas que devem ser buscadas de uma forma orientada através do exercício da degustação.

A seqüência natural das degustações das cervejas contempla três etapas: APARÊNCIA, PALADAR E OLFATO.

APARÊNCIA:

A avaliação visual da Aparência procura identificar aspectos da COR, da ESPUMA e da TRANSPARÊNCIA.

A Cor permite classificar a cerveja dentro de um tipo determinado, por exemplo, apoiando-se na escala SRM – Standard Reference Method tem-se:

Cor                       Estilo                       Exemplos              Pontuação SRM

Amarelo-palha     - Ligth American Lager /  Dos Esquis     - 2 / 3
                              Berliner Weisse          / Edelweiss        - 2 / 3

Amarelo               - German Pilsner  / Gold Pielsen Extra   - 3 / 4

Dourado               - Dortmund       / Export Amstel Pulse   - 5 / 6

Âmbar                  - Maibock / Helles Bock                       - 6 / 9
                             - Lager Escura    / Baden Baden Bock  - 6 / 9
                             - Lager Escura  Double Bock/ B.B.
                                                 Celebration InvernoBock   - 6 / 9

Cobre claro           - California Common Beer                   - 10 / 14

Cobre                    - Dusseldorf Altbier  /
                                       Murphy’s Irish Red Roggenbier  - 14 / 17

Marrom claro         - Roggenbier                                       - 17 / 18

Marrom                  - Southern English Broen Ale              - 19 / 22

Marrom escuro       - Robust Porter Oatmeal Stout
                                                    /Murphy’s Irish Stout    - 22 / 30
                                  
Marrom muito esc.  - Sweet Stout Xingu                           - 30 – 35

Preto                       - Extra Stout                                   - 35 ou +

Preto opaco             - Russian Imperial Stout                     - 40 ou +




A experiência também vai tornar possível que se conclua a partir da cor qual o tipo de malte usado e o grau de torrefação.

A Espuma resulta do gás carbônico (CO2) dissolvido no seio da cerveja como resultado da fermentação e está aprisionado sob pressão, assim como do processo de elaboração da bebida. Cervejas comerciais que são a maioria, a espuma tem um aspecto mais plástico, enquanto que nas artesanais tem aparência mais cremosa.

A característica da espuma é resultante do teor de proteínas, pela viscosidade da cerveja, pelo processo de fermentação. O formato e material do copo tem também suas influências.

A Transparência não tem relação direta com a cor e fica dependente do processamento, por exemplo, filtração antes do engarrafamento. Essa característica pode variar do translúcido ao totalmente opaco, passando por várias intensidades de turvação.

PALADAR

Toque de Boca – a carga gasosa contida na cerveja quando no calor da boca explode em espuma que mostra sua qualidade através da textura mais ou menos cremosa, ocorrendo um crescimento do volume sobre a língua e dando um agradável preenchimento da boca. As cervejas comerciais não mostram essa exuberância.

Sabor – é uma complexa sensação organoléptica, a associação composta daquilo que é captado pelas várias regiões da língua (doce, salgado, ácido, adstringente e especiaria), com as sensações aromáticas por retro-olfação.

Amargor – parte fundamental da personalidade da cerveja decorrente de componentes ácidos liberados pelo lúpulo. Existe até uma escala de medição deste predicado, a IBU – International Bitterness Units. Segundo o livro Larousse da Cerveja (Ronaldo Morado), as cervejas de ataque menos pungente levam 10 a 15 IBU, ocorre realce do lúpuloao redor de 35 IBU e as cervajas mais fortes estão acima de 40 IBU.

OLFATO

Como lógica queremos identificar aromas que demonstrem a qualidade da cerveja, mas os aromas deformados denunciam defeitos e desqualificam a amostra. Nesse caso, é preciso passar por um bom treinamento.

Há aromas que caracterizam um determinado tipo de cerveja por sua especificidade. Aromas frutados podem valorizar uma cerveja Ale e desvalorizar uma do tipo Lager.

Os aromas em geral podem ser, café, cravo, canela, caramelo, manteiga, banana, maçã, pêra, pêssego, pão, biscoito, azeitona, frutas e flores não cítricas e assim por diante. Normalmente as cervejas Ale se beneficiam desses aromas, que podem ser problemáticos numa cerveja Lager.

Leituras indispensáveis:

Morado, Ronaldo – Larousse da Cerveja, Larousse, São Paulo, 357 p,1° edição, 2009

O livro da cerveja, Tim Hampson (organizador), Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 352 p., 1° edição, 2009.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

VINHO EM DESTAQUE: BALOIRO BLANCO DE BIERZO

Como muito bem colocou uma jornalista inglesa, a maior autoridade de vinhos do mundo, Chardonnay é como bumbum, todo mundo tem! Temos que alçar voos para novas sensações enológicas, especialmente dos vinhos brancos.

Na grande mostra de vinhos Descobrindo o Bierzo, dias 15 e 6 de junho p.p. em São Paulo, ficou muito clara a qualidade e a agradabilidade dos vinhos brancos baseados na casta autóctone Godello. Foram dezenas de rótulos com a mesma tipicidade: amarelo palha, qualidade aromática de boa intensidade, com notas florais de violeta, tons herbáceos agradablíssimos de begônia, um toque terroso que lembra moringa de barro. Na boca traz muito frescor, ligeiras notas frutadas com pêra e maçã verde, toques minerais e grama recém-cortada. Equilíbrio e acidez correta fecham a boca com muito frescor e persistência.


Dentre tantas pérolas, dou destaque ao rótulo Baloiro 2010, DO Bierzo, corte de Godello, Doña Blanca e Palomino, uvas cultivadas em suaves encostas, com as duas últimas de videiras com mais de 50 anos de idade.

A colheita completa uma seqüência de tratos culturais especiais, sendo realizada manualmente e com seleçãode cachos, reduzindo ao máximo o tempo entre coleta e vinificação. O rendimento é inferior a 6.000 kg por hectare, o que resulta em baixa produção por planta.

Na vinificação, maceração a frio (10°C) duarnte 24 horas garante a extração dos aromas das uvas, alimentando fermentação com temperatura controlada, em aço inoxidável do mosto gema.

Completa um período de crianza com o vinho sobre as leveduras mortas que sofrem movimentação diária durante três meses.

As 5.000 garrafas anuais deste vinho, com 13.5% de álcool, passa por uma leve filtragem e não sofre estabilização a frio.

O produtor procura Importador no Brasil - .winearts@exportcyl.es

terça-feira, 21 de junho de 2011

NILO - UM BOM VINHO, UMA JUSTA HOMENAGEM

Nos dias correntes o vinho catarinense de altitude ganhou espaço na mídia especializada e suas vitoriosas participações em painéis e concursos estão fazendo com que ele se torne uma verdadeira grife vinícola brasileira. São os mais conhecidos, Innominabile (Villaggio Grando), Maestrale (Sanjo), Utopia (Santa Maria), Basaltino Pinot Noir (Pericó), Santo Emílio, Suzin, Panceri e assim por diante.

Com a revelação nacional de São Joaquim, esta polarizou a questão dos vinhos de altitude, sobressaindo-se o empreendimento revolucionário do saudoso Dilor de Freitas, a emblemática Villa Francioni. A Quinta da Neve que foi anterior percorreu um caminho mais conservador na questão dos investimentos na adega e focou a formação dos vinhedos para chegar aos vinhos de alta qualidade.

No entanto, iniciativas pioneiras já vinham acontecendo em Tangará, Campos Novos e Água Doce. Em Campos Novos, o jurista Edson Ubaldo trabalhou pioneiramente seus vinhedos de Cabernet Sauvignon que apreciamos em grupo por várias oportunidades.

Em Tangará, o pioneiro Nilo Panceri vindo da Serra Gaúcha estabeleceu-se no vale do rio do Peixe no início da década de 1950 e desenvolvendo atividades vitivinícolas nas suas novas terras.

FOTO TESTEMUNHA DOS TEMPOS INICIAIS NO VALE DO RIO DO PEIXE

O tempo se encarregou de mostrar que as terras ribeirinhas dos vales eram freqüentemente palco de fortes geadas tardias e chuvas persistentes na maturação. Como bom viticultor foi atraído pelas terras mais altas, menos assoladas pelas geadas, e acabou se instalando nas encostas da serra do Marari, na qual descobriu um ciclo vegetativo mais lento e uma frutificação fora das chuvas de verão. Sem saber estava abrindo caminho para o futuro das altitudes catarinenses.




CELSO PANCERI - CONTINUADOR DA OBRA

Seus filhos Celso e Luis Panceri deram comtinuidade ao trabalho pioneiro de Nilo Panceri e desenvolveram os vinhedos das encostas da Serra do Marari, revelando grandes vinhos como o Pisani Panceri e os bons varietais Panceri.

Mas faltava algo.  Eles tinham uma dívida histórica.


Em 2006, de vinhedos especiais da casta Teroldego saíram uvas colhidas manualmente que, selecionadas, geraram um grande vinho. Como rotulá-lo? Esse foi o reconhecimento do grande exemplo legado pelo pai. Enfim, temos o rótulo Nilo 2006, um Teroldego frutado, amável, gentil de boca e com muita tipicidade.

Tomo este néctar com os pensamentos homenageando o velho Nilo Panceri.

Minhas homengens póstumas a esse grande pioneiro empreendedor! Um vinho digno de ser degustado com prazer!



segunda-feira, 20 de junho de 2011

TERRAVIVA -TV BAND CONVERSA SOBRE VINHO (2)

No dia 7 de junho passado, no programa Dia Dia Rural, TV Terraviva / Band, do âncora Otavio Ceschi Jr, tive uma conversa sobre o vinho nacional e o consumidor brasileiro, com perguntas objetivas que caracterizam bem a perspicácia desse grande jornalista.

Nos intervalos comerciais, tivemos conversas informais e foi me colocado um desafio: Sérgio recebendo em casa um pessoal de alto nível e de cerimônia, seriam servidos vinhos brasileiros?

A resposta foi que eu teria muito orgulho em poder oferecer alguns dos bons rótulos produzidos pela vinicultura brasileira. Certo é que tenho muitas ressalvas a vinhos que prometem e não cumprem suas qualidades e em pouco tempo estão decaídos, mas vamos deixar esses para lá!

Felizmente, existe um bom número de vinícolas que produzem vinhos com rais qualidades e bons predicados. Para não dar exemplos de vinhos conhecidos, vou exemplificar com opções novas:

1. Recepção (preparando o paladar) - Guatambu espmante extra brut / método tradicional, 12.5% de álcool - cor verdeal e perlage finíssimo, aromas de frutas brancas como ameixa, pêssego e pêra, contornados pelo tradicional pão quente ou fermento, explosão de espuma na boca, frutas e pão quente, acidez muito agradável. Sensação final de frescor agradável e persistente.

2. Entrada (maionese de camarão) - Chardonnay Giaretta, 12.5% de álcool - cor amarelo palha, límpido e brilhante, traz ao nariz aroma marcante de frutas brancas como maçã verde, abacaxi e pêra, sobre sutis toques de baunilha; na boca é refrescante e de bom equilíbrio, preenchendo bem com seus toques aveludados. Retrogosto agradável e longo.

3. Primeiro Prato (massas condimentadas com molhos leves) - Laurentia Tempranillo, 13% de álcool, vermelho intenso com reflexos rubi, aromas delicados de morango maduro, sobre couro e tabaco, complementado por especuiarias, bom volume de boca, equilibrado e de boa persistência.

4. Prato Principal (carne de caça ou prato bem estruturado) - Atmo Cabernet Sauvignon Dezem, 13% de álcool, rubi intenso, aromas complexos de frutas vermelhas maduras, toques achocolatados, leve picância de hortelã, boca plenamente preenchida, equilibrado, taninos presentes e acuidez correta, dando-lhe bom desempenho gastronômico. 


(informações sobre vinhos: fitvinhos@uol.com.br)

domingo, 19 de junho de 2011

VINHOS DO BRASIL - EVOLUÇÃO E SENTIDO (5 de 10 PARTES)

(5/10) SOCIEDADE VINÍCOLA VERSUS COOPERATIVAS

No final da década de 1920 os dois pólos da vinicultura brasileira estavam bem caracterizados e em confronto crítico direto: os grandes empresários de um lado gosando de benefícios oficiais e os pequenos do outro lado buscando novas fómulas para sobrevivência.

Em 1927 foi fundado o Syndicato Viti-Vinícola do Rio Grande do Sul, reunindo os grandes produtores e que logo de início, através do decreto estadual n° 3.972, foi oficializado e designado para proteger a imagem da qualidade dos vinhos gaúchos que vinha sendo grandemenete prejudicada pela ação fraudulenta de falsificadores (adulteradores).

O Artigo 1° deste Decreto determinava: "A Diretoria de Hygiene somente attenderá a pedidos de exame de vinhos para exportação, quando vierem formulados por intermédio do Syndicato...". Entenda-se "exportação" como venda para outros estados brasileiros.

Em junho de 1929 foi fundada a Sociedade Vinícola Rio-Grandense, como braço comercial do Syndicato, com todo poder acima, competindo com todos os pequenos produtores que deveriam se submeter ao controle do concorrente! 

A reação foi imediata e em agosto de 1929 foi fundada por 11 produtores a Cooperativa Viti-Vinícola Forqueta, emCaxias do Sul, em uma solene assembléia. 



COOPERATIVA VITI-VINÍCOLA FORQUETA E SEU RAMAL FERROVIÁRIO.

Na década de 1930, desenvolveram ambos os pólos, o Syndicato deu lugar ao Instituto, a Sociedade Vinícola e demais empresas independentes desenvolvendo a produção e as cooperativas foram surgindo numa seqüência expressiva, Garibaldi, Aurora e outras.

A década de 1930 ainda foi um período drástico porém a acirrada concorrência prestou-se à definição de  um segmento em constante aumento de produção e num processo lento de consolidação.


(5/10) SOCIEDADE VINÍCOLA VERSUS WINE COOPERATIVES

In the late 1920's the two poles of the Brazilian wine industry were well characterized and in a critical confrontation: on one hand the great companies with governamental support and on the other side little producers seeking new ways of survival.

In 1927 it was founded the Syndicato Viti-Vinícola do Rio Grande do Sul, gathering the major producers and that early on, through state decree Nr. 3972, was officially considered the main actor to help the image of quality of the wines that had been greatly impaired in the major markets by the fraudulent action of counterfeiters (wine adulteration).

The Article 1° of the Decree Nr. 3972 stipulated: "The Official Board of Hygiene will consider only the requests for examination of wines for commercialization, when they come through the Syndicato  ...".

In June of 1929 was founded Sociedade Vinícola Riograndense, as the commercial arm of the Syndicato, that with the power of the Decree, would compet with all the small producers who would be subject to the its control. Sociedade compets and controls their competitors!

The reaction was immediate and in August 1929   was founded by 11 farmers the Cooperativa Vinícola Forqueta, in Caxias do Sul, during a solemn assembly.

In the 1930s, have evolved both poles, the Syndicato gave place to the Institute, the Society Winery and other independent companies developing their production and The Cooperativas have emerged in a expressive string as Garibaldi, Aurora and others cooperatives.

The 1930s was also a critical period but the bidding provided to define a segment in constant increasing of production and a slow process of the wine segment consolidation.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

EL BIERZO - ÓTIMOS ESPANHÓIS DE CASTAS AUTÓCTONES

Foi realizada no Hotel Intercontinental, São Paulo, dias 15 e 16 de junho passados, uma exposição de bodegas e vinhos da região El Bierzo, com degustação de mais de 60 rótulos. O grande diferencial foi o conhecimento de castas típicas e quase desconhecidas no Brasil.

Bierzo é uma pequena DO - Denominación de Origen localizada no noroeste espanhol, acima de Portugal, próxima às regiões galegas de Valdeorras e Ribeiro, a cerca de 100 km  de León. Faz parte da administração Castilla-León.

A região de Bierzo é atravessada pelo rio Sil que deságua no Miño, o mesmo Minho de Portugal, talvez daí vem uma puxada dos vinhos mais para o estilo galego e pouco do Douro que fica a quase 150 km ao sul.

Com proteção em relação aos excessos do clima atlântico e o que vem do platô central, Bierzo exibe boas condições vitivinícolas, fato que se comprova na excelência das suas castas típicas autóctones como é o caso da tinta Mencia, variedade que resulta vinhos equilibrados, frutados e com toques de especiarias, e da branca Godello é um achado para os amantes dos bons vinhos brancos.

Nos últimos 20 anos a região vem passando por uma grande modernização de suas práticas vitícolas e procedimentos enológicos, colocando seus vinhos no podium dos bons vinhos mundiais.

Muitos vinhos de qualidade foram degustados, mas vou citar pequena parte deles:

Bodegas Adria:

Vega Montan VM Godello Sobre Lias - 12.5% - complexo, aromas frutados de pêssego, abacaxi e maçã verde, toques citricos de casca de laranja, boca fresca, estruturada e gorda.
Vega Montan VM Velvet - 100% Mencia - 14.5% - complexo, aromas de frutas maduras, compotas e  notas de fumo, couro e terra molhada. Potente na boca, redondo e longo.

Casar de Burbia

Lauran Blanco - 80% Godello/20% Garnacha - 13.5% - romas de frutas brancas sobre toques cítricos, boca agradavelmente fresca, frutada e de ótima acidez.

Tebaida - 100% Mencia - 13.5% - uvas selecionadas de vinhedos de maior valor, passagem por carvalho francês por 16 meses, nariz incisivo comuma explosão de chocolate e café. Boca untuosa e longa,

Castro Bergidum

Essencial Ecologico - 100% Mencia - 14% - vinho orgânico, aromas achocolatados sobre terra molhada e fumo, boca potente com bom preenchimento, taninos aveludados e de sutil adocicado.

Bodegas Estefanía

Tilenus Pieros - 100% Mencia - 14% - vinho de velhíssimas videiras, mineral sobre notas balsâmicas, na boca umcomplexo de fumo e sousbois, equilibrado, redondo, profundo e longo.

Martinez Yerba

Canes Godello Joven - 12.5% - nariz floral de pétalas de rosas, frutado em jambo, toques cítricos, boca lembrando maçã verde, toques delicados de uma acidez comportada.

Luna Beberide

Luna Beberide Mencia - 13% - muito frutado, amora e groselha, sobre notas minerais, bom preenchimento de boca com corpo carnudo, tânico e muito agradável em sua potência. Longo.

Luz Divina Amigo

Viñade moya Leiros Tinto Mencia 2006 - 14% - vinho de vinhas de mais de 140 anos, 18 meses em carvalho francês novo, aromas frutados de amora e mirtilo, sobre fundo de café e alcaçuz, boca equilibrada nos taninos evidentes, encorpado, carnudo e de bom preenchimento sobre a língua. Longo.

Palacio de Canedo Prada a Tope

Canedo - 100% Mencia - Orgânico - 13.5% - vinho com nariz de grande frescor, frutas pretas sobre leve apimentado, boca aveludada frutada, com bom preenchimento sobre a língua, final longo sobre notas apimentadas e taninos elegantes.

Xamprada Extra Brut Blanco - 50% Godello/50% Chardonnay - Orgânico - 12% - um espumante pelo método champenoise, 24 meses sobre borras, fino perlage, aromas frescos de pêssego, abacaxi e maçã verde, toques citricos de casca de laranja, boca untuosa e acidez muito apropriada.

Bodegas Peique

Peique Godello - 12% - aromas francos e limpos, frutas exóticas como lichia e tons herbáceos florais de begônia, toque mineral. Boca fresca, frutas brancas como abacaxi e maçã verde.

Perez Carames

Casar de Valdaiga X - 100% Mencia - 14.5% - vinho orgânico, nariz de grande frescor, amoras bem maduras sobre leve apimentado, boca aveludada com toques de groselha, com bom preenchimento sobre a língua, final longo sobre notas apimentadas e taninos elegantes.

Tenoira Gayoso

Tenoira Roble - 100% Mencia - 14% - aromas de frutas vermelhas bem maduras, complementadas por traços de baunilha e café, sobre toques minerais. Untuoso na boca, estruturado e de ataque intenso, taninos maduros e especiarias cedidas pelo carvalho.

Como conclusões mais evidentes vale comentar o estilo e tipicidade concretos das duas variedades autóctones de Bierzo, uma média de qualidade que surpreende aos bons apreciadores e que fica no ar uma sugestão aos importadores: aumentar a disponibilização desses bons vinhos ao público brasileiro!










VINOS ESPAÑOLES DE TOLEDO - O SHOW DA PINUAGA

A família Pinuaga está relacionada com a elaboração de vinhos há mais de 200 anos e traz no seu trabalho a herança cultural dos valores éticos da vinificação fina da Castilla.

A Bodegas Pinuaga, fundada em 2004, consolida o resgate dessa longa prática enológica familiar e seus vinhos contemplam um estilo peculiar do casamento dos cuidados artesanais com as moderans práticas de vitivinicultura com a adoção de modernas técnicas enológicas.

Localizada em Corral de Almaguer, Toledo, cultiva 60 hectares de vinhedos omas castas Tempranilo, Merlot, Airen e Manastrel, dos quais 15 hectares são de Tempranillo com mais de 35 anos de idade, de pés francos (não enxertados). A produção de somente 200.000 garrafas anuais determinam uma vinícola pequena e familiar, que opera com respeito às tradições, preservação do terroir, foco na qualidade topo de gama e, especialmente, levando em consideração a sustentabilidade em relação ao meio ambiente. Como resultado temos um set de distintivos "vino de la tierra de Castilla".

No dia 14 de junho último, o Empório Santa Maria (Grupo St Marché) promoveu degustação dos três rótulos elaborados pela Bodegas Pinuaga, com a importante presença do membro da família, Esther Pinuaga Orrasco, que ofereceu claras explicações e conduziu a degustação.

Pinuaga La Senda 2009 - corte de 80% Merlot e 20% Tempranillo, 14.5% - um vinho jovem e divwertido, ótima companhia para bebericagens entre anigos ou em família, sem passagem por madeira, avaliado com 88 pontos pela revista Wine Advocate (02/2009), que apresenta o rescor de frutas maduras como a ameixa preta, toques de marmelada sobre florais, traços de couro; boca bem preenchida com seu corpo médio e equilibrado. Final de boca muito agradável. Preço: 39,90.

Pinuaga Nature 2009 - varietal 100% Tempranillo, 14% - vinhas de 17 anos de idade, passagem por barricas francesas e americanas durante 4 meses, avaliado com 89 pontos pela revista Wine Advocate (02/2009), vinho de corpo mais estruturado com toques de couro, sutil borracha, sobretraços de especiarias, baunilha e coco seco; corpo médio de boa presença na boca, taninos evidentes e de bom a agrado. Preço: R$ 54,90.
Pinuaga 2005 - varietal 100% Tempranillo, 14% - vinhas de 35 anos de idade de pés francos, oferecendo o equilíbrio de sua maturidade vegetal, passagem por madeira em 12 meses no carvalho francês e americano, avaliadocom 90 pontos pela revista Wine Advocate (02/2008), um caldo encorpado de ótimo preeenchimentode boca, aromas com leves traços animais, traços de leite quente, toques frutados e florais, presença de baunilha e especiarias, ataque elegante de taninos fortes que extendem agradavelmente o final de boca. Preço: R$ 89,00.

Guardados os três níveis de qualidade dos vinhos, eles apresentam uma muito boa relação custo-benefício e representam opção muito interessante para os distitos momentos de apreciação.

Uma ótima oportunidade para conhecer e apreciar os "vinos de la tierra de Castilla".

CASTELLO DEL TERRICCIO – JÓIAS DA REGIÃO ITALIANA DE MAREMMA

Terriccio está assentado sobre terreno rico em minérios de ferro e de cobre, antigamente explorados pelos etruscos, é embalado por um clima seco marítimo e lambido suavemente por ventos salitrados que vêm do Mediterrâneo, distante apenas dois ou três quilômetros. Trata-se de uma das poucas propriedades italianas compactamente inteiras, sem recortes de qualquer natureza, formando contínuos 1.700 hectares pertencentes a um só proprietário, Gian Annibale Rossi Medelana. O winemaker é Carlo Ferrini, que a revista Wine Spectator escolheu como o Enólogo do Ano 2007.

 

Esse empreendedor de grandes agronegócios identificou e separou da área total 62 hectares com colheita manual de somente 900 gramas de uva por videira, para alimentar a vinícola Castello Del Terriccio focada na elaboração de volumes limitados de vinho de qualidade, a partir de castas típicas de Bordeaux e de Montalcino. Pela cobertura vegetal de grande área, podem praticar vitivinicultura orgânica, embora ainda não estejam oficialmente qualificados. A produção de 200.000 garrafas por ano, alimenta a comercialização de 8 rótulos: Capannino, Rondinaia, Con Vento, Lupicaia, Tassinaia, Castello Del Terriccio e Sassi Rosa.



No dia 14 de junho p.p. a Mistral, importadora do vinho, promoveu um encontro de formadores de opinião com duas gerentes de vendas internacionais, Giuliana Cavazza e Maria Carolina Zucchini, que apresentaram a vinícola e coordenaram a degustação de quatro vinhos.


Capannino Sangiovese IGT 2007, 13.5% – corte de Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Cabernet Franc; matura 6 meses em tanque de aço inoxidável e 6 meses em carvalho; tem início com notas herbáceas que se alteram para frutas maduras como a ameixa, toques florais e algo de mineral trazido pelos ventos salitrados do Mediterrâneo, apresenta um toque terroso úmido que lembra as moringas de barro para água. Preço: US$ 44.90.


Tassinaia Sangiovese/Cabernet Sauvignon/Merlto IGT 2005, 13.5% – um elegante corte com participações iguais, cujo estilo lembra os cortes de Bordeaux com traços claros dos bons vinhos da Toscana; tem ataque com notas herbáceas muito interessantes, talvez o vegetal de eucalipto, pimentão, frutas frescas e sutis notas balsâmicas. Também apresenta aquele fundo de terroso úmido das moringas de barro e uma boca realmente apetitosa. Preço: US$ 93.90.

 

Castello Del Terriccio Syrah/Mourvèdre/Petit Verdot IGT 2004, 14% - um corte potente com gentil ataque inicial, sutilmente adocicado, que evolui para apimentado da pimenta preta, especiarias como canela e cravo, toques florais sobre leve balsâmico, presença na boca com corpo sedoso, até untuoso, equilíbrio entre taninos, acidez e álcool. Final forte, longo e agradável com traços de couro e de terra úmida. Preço: US$ 222.50.

Lupicaia 2004, 14% - corte bem balanceado de Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot, ganhador dos máximos Tre Bicchieri do Gambero Rosso Itália) em todos os anos desde 1993, complexo em seu buquê de balas de cevada, mineral grafite, frutas vermelhas maduras, leve mentolado; ataque de boca forte com taninos bem salientes, preenchimento gordo da boca, final longo e marcado pelos taninos sobre tons de tabaco e couro. Preço: US$ 369.30.

Realmente uma surpresa muitíssimo agradável com revelação de vinhos de excelente qualidade, cada qual para seu nível, cujos preços se justificam pela efetiva agradabilidade e resultam boa relação custo-benefício.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

TINTOS ITALIANOS AUTÓCTONES NA CONFRARIA DOS SOMMELIERS

No dia 14 de junho último, no espaço de degustação da Miolo, São Paulo, a Confraria dos Sommeliers realizou um interessantíssimo painel de vinhos italianos baseados em castas autóctones como Teroldego Rotalia, Primitivo, Sangiovese, Montepulciano, A'naca, Barbera d'Alba, Aglianico, etc.
 

 Os vinhos foram degustados às cegas, sem ordenação por critérios algum para que houvesse uma avaliação vinho-a-vinho sem influência sobre a opinião de cada avaliador. A classificação representa uma ordenação onde a pontuação variou dentro da faixa 84,4 a 88,4 - ou seja - diferenças pequenas entre as boas amostras degustadas.

10°) Foradoro 2007 - Teroldego, 12%, cor profunda, aromas cítrico de casca de laranja sobre frutas maduras, corpo médio, boca fresca e equilibrada, com taninos maduros e acidez salientes


9°) Torre Solaria 2008 - Primitivo, 13%, cor escura, frutas maduras sobre leve achocolatado, corpo médio, boca fresca e equiulibrada.


8°) Fiori da Vigna 2007 - Primitivo Salento, 14,5%, cor profunda, petróleo, fubá, palha de milho verde, encorpado, tanino saliente porém elegante, boca equilibrada e densa.


7°) Podere San Christoforo 2008 - Sangiovese, 14,5%, cor profunda, primeiro ataque levemente adocicado, chocolate e caixa de charutos, bom toque de boca, equilibrado e persistente.

6°) Vale Reale 2008 - Montepulciano d'Abruzzo, 14%, cor profunda, corpo médio, cítrico de casca de laranja, traços de doce de abóbora, frutas vermelhad e leve mentolado, alegre, bom preenchimento de boca, equilibrado e persistente.


5°) A'naca 2006 - A'naca, 14.5%, cor profunda, frutas vermelhas como cereja, toques sobre traços achocolatados, flores brancas,  boca gorda e mastigável, taninos bem salientes contrabalanceados pelo yteo alcoólico e acidez.

4°) Sorito Moscani 2001 - Barnbera d'Alba, 14.5%, cor profunda, frutas maduras, tabaco, copro médio, tanino forte sobre leve acidez e boa força alcoólica.

3°) Il Principio 2006 - Aglianico, 13%, cor profunda com sinais de evolução, frutas super-maduras, passas e ameixa seca, boca plena, bem preenchida, taninos elegantes num conjunto equilibrado.


2°) Monte Olmi 2004 - Amarone della Valpolicella, 15%, único corte multicastas do painel, Corvina, Corvinone, Romdinella, Oseleta, Negrara, Dindarella, Croatina e Forsetina, cor profunda, primeiro ataque com leve adocicado, folha de goiaba, jabuticaba, denso, boca plena e untuosa, tanino potentíssimo, leve acidez sobre sutil presença do álcool. Longo.

1°) Beni de Batasiolo, Vigneto Cereguio, Barolo 2004, 14%, cor escura evoluída por traços âmbar, frutas maduras, fumo, chocolate, leve erva doce, boca evoluída, taninoso, acidez delicada e álcool presente.

Um dos melhores painéis promovidos pela Confraria dos Sommeliers, dando boa amostragem das principais castas italianas e do perfil dos vinhos com cor profunda e taninosidade sempre presente.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PASSITO – O BRASIL JÁ FAZ ESSE VINHO ESPECIAL

Passito é uma denominação genérica italiana para designar vinhos elaborados de uvas desidratadas, na forma de passas, que são geralmente doces ou muito doces, de corpo untuoso. Há três formas de desidratar a uva: secagem ao sol sobre esteiras, secagem em local coberto especial e secagem do cacho na própria videira.

Hungria, Itália, Chipre, Grécia, França, Alemanha, Áustria, África do Sul, entre outros, são produtores de vinhos de uvas desidratadas. O mais antigo rótulo (nome) de vinho conhecido é o passito Commandaria, que descende dos vinhos elaborados pelos cavaleiros templários, na Grande Commanderie de Chipre.

O primeiro vinho brasileiro de uvas desidratadas está rotulado Santa Augusta Passito de Moscato Giallo, foi elaborado em vinhedos das altitudes catarinenses, nos 900 metros acima do mar no Vale do Contestado, próximos da cidade de Videira, pela Vinícola Santa Augusta.


Os cachos de Moscato Giallo foram ensacados um a um na videira, protegidos dos ataques contra suas bagas por pássaros frugívoros e por abelhas. Assim preparados, os cachos puderam permanecer nas videiras muito além do ponto de máxima maturação.


Ao final de abril, quando atingiram a dosagem mais adequada de açúcares concentrados nas bagas foram cuidadosamente colhidas em caixas plásticas especiais, selecionadas e prensadas.

O mosto, viscoso pelo alto conteúdo de açúcares, passou por clarificação natural, pela simples submissão a baixas temperaturas, entre 5 e 8°C. Finalmente conduz-se uma longa fermentação sob baixas temperaturas, promove-se a estabilização tartárica e, após leve filtragem, o vinho passito foi engarrafado.


O Santa Augusta Passito, 2010, varietal Moscato Giallo, produtividade 2 kg/videira, 15.5% de álcool, extrato seco 110.96 g/l, açúcares totais 82.22 g/l, acidez total 5.86 g/l, pH 3.93, tem cor amarelo ouro, aromas puxados por frutas tropicais como goiaba branca, notas cítricas de casca de laranja, damasco e nozes. Agradável ataque de boca, com untuosidade e bom preenchimento sobre a língua, harmonioso na doçura bem equilibrada com a acidez.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE PRODUTORES DE VINHOS FINOS DE ALTITUDE

A primeira vez que os vinhedos das altitudes catarinenses foram divulgados em âmbito nacional foi através de um artigo meu, "Os bons vinhos de Santa Catarina", publicado em 2003, na revista Vinho Magazine número 42.


Das tentativas do jurista Edson Ubaldo nos altos de Campos Novos nos idos de 1981, aos vinhedos iniciais definitivos por volta do ano de 2002 com vinícolas nascentes pelas mão de Francisco Brito, Manoel Dilor de Freitas, Nilo Pisani/Celso Panceri , Maurício Grando e outros, uma característica foi sempre preservada por esses empreendedores: vinhos de qualidade produzidos de uvas de altitude acima de 900 metros.



A evolução de muitas iniciativas, dentre elas, Quinta da Neve, Sanjo, Quinta Santa Maria, Santo Emílio, Santa Augusta, Pericó, Villaggio Grando e Villa Francioni, desembocou num ato de união em torno de idéias comuns sobre produção de vinhos de alta qualidade, do qual nasceu a ACAVITIS - Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude, criada em novembro de 2005.

A ACAVITIS foi desenhada com os seguintes focos:

difundir a qualidade da produção catarinense de vinhos finos de altitude;
dar subsídios às políticas públicas do setor ;
viabilizar a qualificação e a certificação dos produtos dos seus associados;
conquistar novos mercados para o vinho de altitude catarinense.



O primeiro ano de gestão foi conduzida pelo diretor presidente, João Paulo Borges de Freitas (Villa Francioni) e, atualmente, está sendo consuzida por José Eduardo Pioli Bassetti (Villaggio Bassetti). A associação congrega 28 empreendimentos (sendo 18 vinícolas) e cerca de 160 produtores das regiões de São Joaquim, Caçador e Campos Novos que, juntos, representam mais de 300 hectares em produção no estado.



Para se tornar um associado, o produtor tem que preencher três requisitos: produzir em Santa Catarina uvas do tipo Vitis vinifera (ou européia), em altitude acima de 900 metros e com rigoroso controle de qualidade.

A Marca Coletiva Acavitis foi apresentada oficialmente durante o evento Expovinis 2011. “A Acavitis é a primeira associação de produtores de vinhos finos a buscar a certificação através da Marca Coletiva, com o objetivo de definir, desde o início, os procedimentos para obtenção de certificação de qualidade garantida e controlada dentro das suas regiões de abrangência: São Joaquim, Campos Novos e Caçador, em vinhedos acima de 900 metros de altitude”, destaca José Eduardo Bassetti, presidente da Acavitis.

Sediada em São Joaquim, a Acavitis presta um importante papel na economia local, no turismo, na sociedade em geral, pois demonstra a potencialidade de crescimento que tem a cidade de São Joaquim. Buscando através de parcerias, fomentar o desenvolvimento local e regional.

sábado, 11 de junho de 2011

GOOD RELATION CO$T-BENEFIT WINE$

Esquecendo o preço do vinho na loja, um vinho de boa relação custo-benefício é, antes de mais nada, uma questão de estado de espírito. O estado de espírito tem muito a ver com o momento e suas circunstâncias. Simplificando a questão, um vinho de boa relação custo-benefício é aquele que cabe no seu bolso, com maior ou menor folga e que se encaixa na sensação de muita agradabilidade a uma determinada situação em que você está bebendo.


Numa conversa descontraída de buteco, terraço ou piscina, um vinho mais básico, bom de boca, deve ser o escolhido. Numa refeição trivial, em casa com a família ou em um restaurante com amigos, um vinho básico mais potente, mais gastronômico, é uma boa pedida. Quando se têm refeições especiais com pratos mais potentes e mais elaborados, o bom vinho tem preço obviamente mais elevado pelos cuidados requeridos na sua elaboração desde os vinhedos até a cantina de vinificação.


Partindo de um nacional, o Salton Volpi Merlot é um básico de boa relação custo-benefício. Da mesma Salton, o Desejos (Merlot) está para as refeições especiais com uma excelente relação. Nas refeições triviais, o francês Arrogant Frog oferece excelente relação. Um português do Douro, elaborado pela Casa Ferreirinha, o Vinha Grande, tem potência para altas gastronomias. Finalizando, o Château Cheval Blanc, um excelente vinho, não tem boa relação custo-benefício por ser muito caro (preço do mito) porque, talvez, você não vá escolhê-lo numa prova às cegas porque irá obter maior agradabilidade com vinhos de mesmo nível de qualidade, bem menos caros! 


Mas como reconhecer o vinho de boa relação custo-benefícioo? O vinho não admite amor platônico. Se você temuma loja e quer vender um vinho, gaste menos argumentos e faça mais degustações dirigidas. Para você dar sua opinião de aprovação ou desaprovação de qualquer vinho, você tem que experimentá-lo. O que o Robert Parker classifica não serve para você. Você tem saliva com determinadas características físico-químicas que vão harmonizar o vinho da sua forma pessoal.


Enfim, para reconhecer um vinho de boa relação custo-benefício você deve considerar a abertura que você está dando para saída de grana do bolso e, experimentá-lo pessoalmente. Só assim você vai concluir pela agradabilidade do vinho em relação às suas expectativas. Nunca vá atrás de conversas complicadas de enopentelhos!


De que países vêm vinhos de boa realçao custo-benefício? É uma interessante questão. Vou começar pelo avesso. No Brasil este aspecto fica prejudicado porque o draconiano vício do governo brasileiro em taxar abusivamente os vinhos (próximo de 50%), eleva artificialmente o custo; cenário similar ocorre com os vinhos americanos, taxados ao redor de 5%, mas que têm como filosofia cobrar altos preços a partir das vinícolas. Um licoroso de Niágara, na vinícola da região dos Finger Lakes custava US$ 17.00. Um similar nacional, o Licoroso Palmeiras de São Roque, padrão de qualidade similar, nas mesmas condições de venda, custa no máximo US$ 2.00!



Mas para ajudar na sua decisão recorra aos bons vinhos italianos, portugueses, franceses, espanhóis, chilenos e argentinos, como exemplos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ALUNOS BRASILEIROS DO ICIF NA VINALITY

O segundo curso de habilitação profissional para sommeliers iniciou em fevereiro em Sao Paulo, onde foram ministrados o primeiro e o segundo nível do currículo. A fase final aconteceu na Enoteca Nacional do Castelo de Costigliole d’Asti, na sede principal do Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), com a realização de provas escritas e orais, conforme o programa didático AIS.

Após aprovados nos exames e, assim, concluindo o curso, os estudantes brasileiros do ICIF tiveram o privilégio de receber oficialmente o diploma de habilitação profissional AIS, no mais adequado cenário que foi a 45° Vinitaly.

Isso aconteceu dia 9 de abril, no estande da AIS em Verona, o palco anual dedicado ao vinho italiano, ocasião em que o Presidente da Associaçao AIS, Antonello Maietta e o Presidente da WSA (Worldwide Sommelier Association), Franco Maria Ricci colocaram no peito dos aspirantes Sommelier o prestigioso distintivo AIS e entregaram o diploma que os tornou operadores ativos de um setor, o enológico, sempre em crescimento, como atesta o sucesso da Vinitaly 2011.

O Sr. Antonello Maietta, ao dar as boas vindas aos novos membros da Associação, manifestou o desejo de ver no futuro um aumento no Brasil dos cursos de habilitação profissional para Sommelier voltados ao pessoal do setor.

O Presidente lembrou que atualmente o Brasil vive um período de estabilidade política, econômica e social e está se preparando para dois grandes eventos mundiais: a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O sucesso destes importantes encontros dependerá também da profissionalidade de todos os operadores de cada setor, aqui incluindo o enogastronômico.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

VINHO PORTUGUÊS - GRANDE DEGUSTAÇÃO EM SÃO PAULO

Aconteceu no espaço de eventos Leopoldo Itaim, São Paulo, dia 7 de junho p.p., uma super degustação de vinhos portugueses organizada pela Vini-Portugal, com 40 vinícolas: Brasvini, Dão Sul, Adega Cartuxa, Granadeiro, Vértice , Adega de Borba, Roquevale, Cortes de Cima, Quinta da Alorna, Paulo Laureano, Mouchão, Parras, Herdade da Calada, Aveleda, Companhia das Quintas, José Maria da Fonseca,


Tambuladeira, Boas Quintas, Carmim, Messias, J. Portugal Ramos,Falua, Enoforum, João Teodosio Matos Barbosa & Filhos, Quinta do Noval, Herdade Paço do Conde, Esporão,Quinta do Crasto,


Bacalhôa,Wine & Winemakers, Herdade das Barras,  Sogrape, Antônio Saramago, Conceito, Favaios, Pontual, Quinta da Raza, Quinta dos Abibes, Seis Quintas, Quinta do Vallado, Herdade da Comporta, Adega de Redondo, Real Companhia Velha, Quinta de Reis, Quinta do Portal, Enopartner, Sanguinal, Fiuza & Bright, Monte da Penha, Vallegre, Quinta da Pedra Alta, e Herdade São Miguel.


Pasmem, cerca de 350 amostras estavam à disposição dos visitantes. Obviamente ninguém degustou todos os rótulos oferecidos e, a seu gosto, cada um desenhou sua estrategia.


A minha conduta foi escolher um ou dois de cada expositor, no caso de surpreender, provar mais. Vale destacar:

Cartuxa Colheita 2008 DOC (****), Pera Manca branco 2008 DOC (*****), Tapada do Fidalgo Reserva VR 2008 (****), Senses Touriga Nacional VR 2009 (*****), Roquevale Reserva DOC 2005 (****), Cortes de Cima Syrah VR 2008 (*****), Paulo Laureano Reserva  DOC 2008 (*****), Dom Rafael DOC 2008 - Mouchão (****), Montaria Grande Escolha 2008 - VR (****), Baron de B Reserva DOC 2010 - branco (****), Aveleda Follies Touriga Nacional 2009 - DOC (****), Quinta da Castainça Touriga Nacional DOC 2008 - Tambuladeira (*****), Herdade de Gâmbia 2010 - VR- branco (****), Carmim Requengos Reserva 2008 - DOC - (****), Quorum Reserva Vinhas Velhas 2008 - DOC (****), Quinta de Foz de Arouce  Vinhas Velhas de Santa Maria 2007 - Falua - VR (*****), Quinta do Noval 2005 - DOC (*****), Herdade Paço do Conde Colheita Selecionada 2009 - VR (*****), Herdade do Esporão Petit Verdot - VR (*****), Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas  2008 - DOC (*****), Quinta do Carmo Reserva 2007 - VR - Bacalhôa (*****), Herdade das Barras 2006 - VR (*****), Casa de Santar Reserva 2007 DOC (****), Pedra Cancela  Reserva 2008



DOC (*****), Quinta dos Carvalhais Colheita 2007 - DOC - Sogrape (****), Antonio Saramago Reserva 2005 - VR (*****), DomDiego Azal 2010 - branco - DOC (****), Quinta dos Abibes Tinto Reserva 2009 (****), Reserva ACR 2008 - DOC (****), Vinha dos Reis Reserva 2008 DOC (****).....

Critério: 4 estrelas - 88 a 92 pontos
             5 estrelas - acima de 92
Um fato muito interessante é que, numa grande média, podemos considerar que o vinho português traz na sua personalidade traços organolépticos de efetivo agrado ao paladar do brasileiro, com toque inicial amável e delicado, complementado pela complexidade de vinhos de boa extração na maceração pelicular.