sexta-feira, 22 de julho de 2011

SMALL IS BEAUTIFUL!

Como engenheiro trabalhando em plantas industriais sempre persegui o aumento da produção e a redução de custos de produção, em outras palavras, a tal da produtividade. No aumento da produção ocorria uma melhoria dos níveis de qualidade industrial das diversas partes pela repetição maior das atividades. Obviamente que um carro inglês feito quase que artesanalmente é muito melhor como qualidade global do que qualquer desses automóveis produzidos em larga escala, com vida útil calculada. Mal comparando, os veículos altamente comerciais vêm de produções de grandes escalas, como os vinhos que, decorrentes da alta produtividade, se prestam a preencher garrafões para venda na beira das estradas.

Ultimamente tenho tido contato com vinícolas do mundo todo empenhadas em elaborar vinho de autor ou vinho de boutique. São produtoras de pequenas quantidades nas quais se encontra normalmente a alta qualidade, a tipicidade de algum terroir.

Se temos no Rio Grande do Sul vários aficcionados da produção de vinhos de butique ou vinhos de sutor, como o Bettu, o Marco Danielle, a Lidio Carraro e outros, em Santa Catarina a Pericó, a Kranz e outras, em outros países essa moda também está muito ativa. Na Itália, a Castello Del Terriccio (Toscana), a Cantine Leonardo Da Vinci, na Espanha a Pinuaga (Toledo) e a maioria das bodegas de Bierzo, no Chile, a Casa Marin (San Antonio). Na Alemanha, em Portugal, na Áustria, tantas outras pequenas produtoras podem ser anotadas.

Isso é muito gratificante porque nos dá a certeza que não estamos condenados a beber, no futuro, vinhos industriais de qualidade pasteurizada, obviamente cada vez com menos alma.




Nenhum comentário: