terça-feira, 25 de outubro de 2011

VINHOS - UM NEGÓCIO DA CHINA?

A região sino-siberiana da bacia do rio Amur e parte norte das ilhas japonesas formam o refúgio onde sobreviveu uma das três grandes famílias de videiras ao fugirem do berço original que foi a região polar norte quando este entrou em processo de queda livre para clima super frio. Estava conformada as famílias sino-asiáticas, as videiras amurensis, por exemplo.

Para o senhor ranzinza que acaba de arranjar os óculos sobre o nariz e estalou a língüa porque desconhece as outras duas, já vai a explicação: a família de videiras ampelídeas mais afetas ao clima seco, rumou para a Europa e foi ter seu refúgio final na região Armênia-Geórgia, arredores do monte Ararat e do Cáucaso, configurando as viníferas; a outra família de videiras ampelídeas aclimatadas ao clima úmido desceu pelo Canadá e costa leste do Atlântico, chegando até a Costa Rica, configurando as americanas. 

Desta forma a China sempre teve videiras, porem videiras inferiores às viníferas no emprego para elaboração de vinhos.

Conta a lenda que as primeiras sementes de viníferas foram trazidas da região do atual Uzbequistão (área com influência do berço armênio) pelo General Chang Chien ao redor de 128 a.C. e plantadas em Xinjiag. A partir deste evento outros foram acontecendo na da vitivinicultura histórica chinesa.

Mais recentemente, em 1892, o oficial governamental Zhang Bi Shi, retornando ao país, introduziu cerca de 150 castas viníferas e estabeleceu a Vinícola Chang Yu, em Yantai. Um cônsul austríaco era o vinhateiro. Alemães fundaram outra vinícola, Quingdao.

Bem mais recentemente, em 1949, houve expansão das vinícolas pelo governo central, mas os volumes dos vinhos eram aumentados pela adição de água fermentada de cereais. Questões econômicas levaram a esta prática de multiplicação dos vinhos!

As áreas de vinhedos chineses que perfazem aproximadamente 70.000 hectares estão localizadas ao norte do rio Yangtze. A produção de vinhos tem presença marcante de vinhos doces.

A partir de 1979 a China vem tentando atrair investidores extrangeiros para implantar uma nova e moderna vitivinicultura no país.

Nos dias atuais, as novas iniciativas envolvem vinhedos irrigados na região de Shandong, formados com mudas importadas e com a assessoria de especialistas australianos. A vinícola Huadong inaugurou a elaboração de vinhos secos varietais.

Aproveitando as tendências modernizantes da vitivinicultura chinesa e a abertura para novos parceiros estrangeiros, a brasileira Casa Valduga tem planos de produzir seu vinho internacional Mvndvs na China.




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