segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O CONSUMIDOR BRASILEIRO CONTINUA POUCO CRIATIVO

O consumo de vinhos pelos brasileiros continua no geral muito baixo enquanto que pequenas ilhas batem récordes! Na média ainda estamos na Idade Média!

A produção anual de vinhos finos continua fazendo um grande esforço para aumentar a sua oferta, mas esbarra no baixo consumo per capita dos brasileiros e pela maior presença dos vinhos finos importados.

Tomando 2011, foram importados quase 78 milhões de litros de 31 países distintos, um crescimento de apenas 3%, que somados à produção brasileira de cerca de 20 milhões de litros, desenham um quadro desanimador do perfil do consumidor brasileiro que continua dando preferência às zurrapas de híbridas americanas.

A composição dos vinhos importados mostrou evolução se analisada do ponto de vista do volume vindo de cada origem.

A classificação dos 10 países que lideraram a exporção de vinho para o Brasil mostra a seguinte ordem: Chile, Argentina, Itália, Portugal, França, Espanha, Uruguai, África do Sul, Austrália e Estados Unidos. Porém, o volume total exportado pelos quatro primeiros da lista diminuiu de praticamente 90% para 72%.

A evolução no conjunto de vinhos importados ficou por conta da diversificação de rótulos ofertados com aumento por país como, por exemplo, Grécia (97%), Austrália (95%), Nova Zelândia (46%) e Espanha (32%).

A adoção injustificada da exigência do selo fiscal não atrapalhou efetivamente, nem o vinho importado, nem o vinho brasileiro. Simplesmente colocou um complicômetro burocrático, excrescência própria de um país que não consegue ver o vinho como uma bebida saudável e nobre.

É uma pena que, enquanto nos países civilizados, o vinho é classificado como alimento, aqui o vinho é jogado na mesma vala comum da pinga e outros destilados de segunda.

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