terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ROLHAS DE CORTIÇA NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA

Sustentabilidade é a palavra de ordem do momento. A sociedade começa timidamente a dar seus primeiros passos sobre o problema através de ações isoladas em distintos segmentos.

O mundo do vinho que enganosamente é considerado como elitista e sofisticado, na verdade não passa de uma simples questão de se tomar vinhos nas mais diferentes situações, na maioria dos casos sem qualquer tipo de afetação. Um bom exemplo para essa afirmação é que na França que produz ao redor de 6 bilhões de garrafas anuais, pelo menos 80% dos vinhos franceses são inferiores e não têm motivos técnicos para receber o tapamento por rolhas de cortiça natural.

Não é dificl de se formar uma visão global do problema. O mundo todo produz qualquer coisa como girando próximo a casa dos 40 bilhões de garrafas. A pirâmide de qualidade dos vinhos vai repetir que de 80 a 90% dos vinhos comercializados são de qualdade corrente sem predicados distintivos e sem a alma dos grandes caldos.

A| rolha de cortiça natural teve seu uso iniciado no século 17 para fechar garrafas de cristal, ou seja, em quantidades ínfimas. A evolução de alguns milhares de frascos pessoais para muitos bilhões de garrafas comercializadas anualmente, associada à incapacidade das florestas de corticeiras de acompanharem esse crescimento, vêm exigindo respostas técnicas, econômicas e práticas. A sustentabilidade aconselha anão levar esse tipo de árvore à extinção!

A produção da cortiça natural resulta em produtos de toda espécie de qualidade e, pelo menos, a metade desse volume não apresenta propriedades mecânicas e químicas ideais. As rolhas de boa qualidade resultam muito caras.

Por outro lado, as rolhas de cortiça são responsáveis por mais de 5% da ocorrência da doença bouchonné, oriunda da cortiça pela ação do TCA (tricloroanisole). Essa porcentagem representa um enorme prejuízo para o produtor e para o consumidor..

Um mito muito batido por aqueles que combatem as rolhas sintéticas é a crença de que elas não permitem a micro-oxigenação do vinho. Essa ocorrência  já está descartada por testes em equipamentos adequados que revelaram que as rolhas sintèticas permitem essa microoxigenação em uma velocidade mais reduzida,, cerca de  pouco mais de 30% daquela oferecida pelas rolhas de cortiça natural..Neste caso, essa velocidade menor se constitui em  uma grande vantagem para as rolhas sintéticas que permitem maior comnservação dos vinhos contidos e a redução do emprego de gás SO2.

Outro aspecto que se coloca como problemático é a eventual transferência de algum gosto ou aroma ao vinho. Os elastômeros empregados na fabricação das rolhas sintéticas são inertes químicamente, não transmitindo nada ao vinho.

A rolha sintética não vai acabar com o uso da rolha de cortiça de boa qualidade para os grandes vinhos, o que pode ser concluído é que irá acabar com o emprego equivocado da cortiça e eliminar a fabricação de rolhas de cortiça de baixa qualidade.








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