segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ALTA QUALIDADE DO ESPUMANTE CHARMAT LONGO

Há muitos anoss, tínhamos o cuidado de avaliar um espumante começando por ler no rótulo qual era o método de elaboração empregado. Para os espumantes de maior padrão, entendia-se na época que o método tradicional ou champanhês normalmente resultava qualidade maior, perlage de volume, bolhas minúsculas e maior tempo de perlage.

Assim se avaliava os champagnes e os grandes espumantes, mirando na exuberância do borbulhamento, na pequenez das bolhinhas e na persitência, para dar notas visuais as maiores possíveis.

Anos adiante, a Chandon brasileira lançou o Excellence, amealhando premiações e reconhecimento nos painéis de degustação, cravando um marco importante na história do espumante brasileiro e nos conceitos (ou preconceitos) de avaliação porque se tratava de um espumante elaborado pelo método charmat, porém método charmat longo.

Um ponto primordial para a qualidade atribuída ao método champenoise (champanhês) era o tempo de descanso do espumante sobre as leveduras mortas, período em que acontecia o fenômeno da autólise, isto, é a liberação de elementos dessa borra para o seio líquido. Quanto mais longa a autólise, mais lenta a transmissão desses elementos e maior a qualidade do espumante: bolhas minúsculas, perlage volumoso e longo. Tsto dentro do contato próximo permitido pelo volume limitado ao de uma garrafa de 750 ml.

O método charmat original é conduzido dentro de tanques fechados de alto volume noa quais são elaboradas grandes quantidades de espumante em cada ciclo. As leveduras mortas decantam e se acumulam no fundo do reservatório. Desta maneira, o contato da borra com o volume de espumante fica muito reduzido, fator que se traduz numa qualidade inferior.

No caso do Excellence a Chandon equipou o grande tanque com um sistema de circulação das borras através de todo volume de espumante e o tempo de processamento foi alongado para representar período mais longo de autólise, repetindo condições ocorrentes no método champenoise. Esse método é o charmat longo. 

Um outro bom exemplar de epumante elaborado pelo método charmat longo é o Executivo Estra Brut da Courmayeur, cor sua cor palha e reflexos verdeis,  borbulhamento mediano, bolhas bem pequenas e com foco bem persistente no fundo da taça, corpo untuoso e com bom crescimento sobre a língua. Boca refrescante com final delicado e sutil adocicado.

 
 

   

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