quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BRAZIL AND USA - VITIVINICULTURAL COMMON POINTS

O Brasil tem uma vitivinicultura em que predominam as castas híbridas americanas. Os vinhos brasileiros, excetuando-se os vinhos de viníferas que somam algo ácima de 10%, têm sua história ligada à revelação da uva Isabel ou Isabelle, na costa leste americana, nas décadas iniciais dos anos 1900. O clima extremamente úmido da principal região vinícola brasileira, a Serra Gaúcha, não proporcionava um desempenho aceitável das variedades européias, que não resistiam às doenças próprias da umidade.
 
Com a chegada dos imigrantes italianos à Serra Gaúcha, em 1875, eles constataram a impossibilidade de contar com vinho de viníferas e, como esta bebida é parte indispensável do dia-a-dia daquele povo, a única alternativa possível foi buscar mudas americanas que estavam chegando aos Estabelecimentos Agrícolas Marengo, vendedores de mudas em São Paulo. O proprietário, Francisco Marendo, tinha recebido as mudas de  uma variedade americana que estava faz\endo tremendo sucesso no mundo, a Isabel.
 
A Isabel inaugurou a vitivinicultura brasileira baseada em castas americanas. Depois vieram a Concord, a Catawba e outras novidades dos Estados Unidos que estavam ganhando, inclusive, lugar em vinhedos da Europa.
 
Mas não tardou a aparecer no mundo vinícola um mal desconhecido que se alojava nas raízes das videiras americanas: a filoxera. Inseto de alguns milímetros de comprimento mas que tem o péssimo hábito de devorar as raízes das videiras européias e para cuja ação as videiras americanas são tolerantes.

No Brasil nem triscou! Depois de destruídas as viníferas remanescentes, a vitivinicultura brasileira se expandiu baseada nas vidweiras americanas e o consumo nacional espelhou essa tendência e, atualmente, o brasileiro toma 80% de vinhos de híbridas americanas.
 
Lá nos Estados Unidos se produz uva e vinho em praticamente todos os estados... Logicamente predominam as americanas. Exceções na costa oeste (estados da California, Oregon e Washington) onde as viníferas dominam totalmente o cenário, oferecendo grandes vinhos, na costa leste o cenário se divide entre viníferas e americanas.
 
Na região dos Finfer Lakes participei de degustação que numa sequência vinham brancos de Chardonnay  e Sauvignon Blanc, misturados com Niagara e outros brancos de americanas.
 
As novas híbridas presentes atualmente nos Estados Unidos mostram um toque de modernidade, não acompanhado aqui no Brasil, que mantém variedades centenárias que, no entanto, não eliminam a similaridade de costumes brasileiros e norte-americanos.

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