domingo, 31 de março de 2013

VINHOS PARA CURTIR A PÁSCOA


A Páscoa é uma data tradicional para se devorar chocolates das mais distintas naturezas e apreciar um bom bacalhau, elaborado de diferentes maneiras. Mas, para os tomadores de vinho ficam as perguntas: Como vou apreciar com harmonia chocolate e vinho? Como melhorar a dupla bacalhau e vinho?
 
Começando pelos chocolates, temos que lembrar que se trata de um alimento com sabor bem pronunciado e que "asfalta" nossa língua,ou seja, cria uma camada de gordura que cega as nossas papilas gustativas. Esta camada apresenta-se difícil de ser eliminada.
 
Depois, temos que entender a natureza da camada formada depende do tipo de chocolate, doce, ao leite, meio amargo, amargo, branco, com nozes, avelãs... O chocolate também pode definir um bolo, uma torta e assim por diante.
 
Explicando melhor, o chocolate e os pratos a base de chocolate apresentam textura gordurosa e sabores fortes, que agem com vigor sobre o nosso paladar.
 
Por essas características, a harmonização com esses alimentos pede um vinho bem estruturado em álcool e açúcar como os fortificados ou de colheita tardia, por exemplo, Icewine Pericó - 15% (nacional), Portento Quinta Santa Maria - 18% (nacional), Pellegrino Marsala Fine - 17% (italiano), El Maestro Sierra - Pedro Ximenez - 15% (espanhol), Tokaji Aszu St Stephen's Crown - 3 puttonios - 12% (húngaro), e assim por diante . Se o chocolate for amargo o melhor é servir um vinho do Porto ou um Marsala, encorpado, por exemplo, Porto Comenda Ruby - 19% (português), Vecchioflorio Marsala Superiore, Florio - 18% (italiano).
 
Por sua vez, o bacalhau tem características intrínsecas, com sabor forte decorrente de uma carne defumada que, embora preparado de diversas formas, mantém o traço básico fumé, pedindo vinhos brancos maduros com toque amanteigados e defumados do Chardonnay, por exemplo, Plume Chardonnay Pericó - 12,8% (nacional), Foxbrook Chardonnay - 12,5% (californiano). ou do Garnacha Blanca Loco  - 14,5% (espanhol) ou tintos jovens de pouco corpo, com traços florais, frutado e de couro, por exemplo, Bisantino Pericó Pinot Noir -13,9% (nacional), vinhos verdes refrescantes, por exemplo, Vinho Verde Pavão - 10% (português) ou vinhos de acidez saliente, por exemplo, Sauvignon Blanc Luiz Argenta - 12,5% (nacional), Balatoni Irsai Olivér - 12,5% (húngaro). 

sábado, 30 de março de 2013

FREDERIC RENAUT - FRANCÊS "BRASILEIRO" TAMBÉM PRODUZ CHAMPAGNES

 
Frederic Renaut, 36, é o gerente geral do restaurante Brasserie des Arts, inaugurado em setembro de 2012 em São Paulo, e ele também é produtor de Champagnes.

A vinícola francesa, localizada na aldeia de “Celles Sur Ource”, região da Champagne, tem produção familiar. Atualmente, a mãe e os irmãos de Frederic são os responsáveis pela propriedade. “Meu avô plantou vinhas depois da segunda Guerra Mundial e com o tempo, a família aumentou as plantações, seguindo as leis da área de Champagne para ter 14 hectares”.

O champagne é elaborado artesanalmente e, como todos produzidos na região da Champagne, passa pela fase do processo chamado “degorgement”, que é a retenção do espumante em elaboração em contato com o depósito que se forma de borra na garrafa. Nos casos como o do champagne Frederic Renaut, esse tempo é alongado a ponto de conferir grande cremosidade à bebida.

No presente momento, são trazidas para o Brasil, 60.000 garrafas por ano do Champagne Frederic Renaut e o produto pode ser comprado pelo site www.champagne-renaut.com ou degustado com exclusividade no restaurante Brasserie des Arts, que serve o Tradition (70% Pinot noir e 30% Chardonnay) por R$ 300,00 a garrafa.

Em breve, mais dois tipos integrarão a carta do restaurante, o Prestige (50% Pinot noir e 50 % Chardonnay) por R$360,00 e o Rose (85% Chardonnay e 15% Pinot noir) por R$ 380,00.

O Brasserie des Arts está presente desde 2008 na badalada Saint-Tropez, na Riviera Francesa, e veio a instalar sua primeira filial no Brasil, na cidade de São Paulo, em setembro de 2012 e está situado nos Jardins, o ‘restô-bar’ tem entre seus sete proprietários Luigi Cardoso Alves, Ricardo Mansur (sócios do Brown Sugar), Rubens Zogbi (sócio do Serafina) e Roger Rodrigues.

O projeto do arquiteto Felipe Diniz criou um ambiente contemporâneo e elegante, mesclando concreto e madeira em fachada com ar despretensioso. Um agradável terraço sobre deck de madeira é ótima pedida para dias de calor. O salão faz uma composição de elementos sofisticados, como espelho bronze e materiais mais rústicos, como a juta.
 
O  bar de grande estilo, comandado pelo premiado barman Marcelo Serrano, tem cadeiras altas para quem quiser bebricar drinks direto no balcão. No fundo, um aconchegante lounge, com tapetes, mesas baixas, sofás de veludo e pufes de couro. As luminárias do designer Felipe Starck completam o toque moderno ao espaço.
 
Com esse ambiente especial, nada melhor que provar o champanhe deste francês que já se abrasileirou! 

sexta-feira, 29 de março de 2013

NEM SÓ NO CHOPP VIVEM OS ALEMÃES

 
No domingo 24 de março último, o Wines of Brasil deu largada à sua estratégia internacional de promoção em um dos países que compartilham com os brasileiros a paixão pelo futebol. Tendo como pano de fundo o torneio mundial de 2014, nove empresas entraram em campo na Prowein, uma das maiores feiras mundiais de vinho realizada em Dusseldorf, Alemanha.

O estande, de 102 metros quadrados, que remete a um estádiode futebol, teve simetria com a ação promocional que premiará participantes com viagem ao Brasil, com direito a ingressos para o jogo de abertura da Copa das Confederações. Estão defendendo o terroir brasileiro as vinícolas Aurora, Casa Valduga, Domno do Brasil, Garibaldi, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e ViniBrasil.

“Para realização de negócios, a Prowein se estabeleceu como uma das mais importantes feiras do mundo. Por isso lançamos a campanha promocional fazendo a ligação com a Copa, mostrando que os vinhos, assim como o futebol, são produtos de excelência do Brasil”, contextualiza Andreia Gentilini Milan, diretora de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). A participação brasileira é feita em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado do Rio Grande do Sul (SDPI/RS).

A ação entitulada Be a Football Star and Stamp Your Passport to Brazil consistiu em estimular os visitantes provarem ao menos um vinho de cada vinícola expositora, totalizando 9 rótulos. Quanto mais forem degustados, mais pontos serão marcados por meio de um carimbo em um bloco de anotações no formato de um passaporte. Ao final das degustações, o participante passa para a etapa final do jogo, fazendo chutes a gol em um aplicativo para iPad conectado a uma TV instalados no local. Cada gol marcado rende pontos que serão somados aos acumulados no passaporte. Ao final de cada um dos três dias da feira, o visitante com a maior pontuação leva o prêmio. Para conferirem o resultado, os participantes devem acessar a página do Wines of Brasil,no facebook (www.facebook.com/brazilianwines).

Além das empresas expositora, a equipe brasileira é composta por representantes das vinícolas Dal Pizzol, Don Laurindo, Garibaldi e Aurora que integram uma missão técnica empresarial que terá continuidade na sequência da feira, para conhecer melhor o mercado consumidor alemão de vinhos.

 
Saiba Mais

O Mercado Alemão

- No ano de 2011 a Alemanha consumiu 16,8 milhões de hectolitros de vinhos sendo 52% tinto, 36% branco e 12% rosé e espumantes.

- A produção doméstica de vinhos alemães é de cerca de 9 milhões de hectolitros.

- O país é o maior importador de vinhos no mundo.

- Apresenta consumo per capita de vinho de 21,5 litros e de espumante de 4,7 litros.

- O vinho representa cerca de um terço de todas as bebidas alcoólicas consumidas na Alemanha.

quinta-feira, 28 de março de 2013

VINHOS DO BRASIL - COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA NA FÓRMULA INDY


A Vinícola Aurora, em franca expansão nos Estados Unidos, chega à Formula Indy. Neste fim de semana, seus espumantes já presentes no mercado norte-americano começam a ser servidos nos camarotes VIPs da APEX - Agência Nacional de Promoção de Exportações e Investimentos - instalados nos circuitos das corridas. A partir de maio, os vinhos Aurora Varietal Chardonnay, Aurora Varietal Pinot Noir e Aurora Reserva Tannat também passam a fazer parte dessa ação, podendo ser apreciados por todos os convidados dos camarotes. A presença crescente da Aurora naquele mercado favorece sua participação nessa ação.


Com distribuidores em vários estados norte-americanos, a Vinícola consegue suprir o fornecimento dos vinhos em todas as provas realizadas na temporada 2013 da Indy Races nos Estados Unidos, possibilitando, assim, a participação mais efetiva e abrangente.


Até o final de 2012, a Aurora tinha seus vinhos e espumantes colocados em mais de 100 lojas dos Estados Unidos, espalhadas em 8 estados. A partir de 2013, amplia sua rede de distribuidores naquele país e em breve terá posições em 26 estados.


Os Estados Unidos são o maior mercado da Vinícola Aurora fora do Brasil.


No Brasil, os vinhos brancos e tintos, espumantes, sucos de uva e coolers da Vinícola Aurora podem ser encontrados em todo o território nacional, em lojas de redes varejistas e empórios especializados.


Cooperativa Vinícola Aurora - Visite o site: www.vinicolaaurora.com.br


VINHO BRASILEIRO - VITIMA DE ARRASTÃO TRIBUTÁRIO


O Seminário Tributação e Competitividade do Setor Vitivinícola, abordou nesta quinta-feira, 21, no auditório do Sebrae, em Brasília/DF, um consistente estudo sobre a altíssima carga de impostos, que prejudica sobremaneira a sustentabilidade comercial da cadeia produtiva da uva e do vinho, já bastante prejudicada pelas diferentes legislações e políticas tributárias aplicadas por cada um dos estados brasileiros.

No Brasil o vinho ainda é classificado como bebida alcoólica, enquanto que países menos atrasados o consideram bebida alimentar. Como consequência, os impostos que incidem sobre o vinho  brasileiro podem chegar a 67%. Isto quer dizer que numa taça de vinho que você está tomando, a maior parte é imposto... Amargo imposto!

Para efeito de comparação, no Uruguai os encargos que acabam sendo pagos pelo consumidor ficam entre 22% e 23%, e na Argentina giram entre 30% e 35%, conforme informação dada em exposição feita durante o evento por representantes da Corporación Vitivinicola Argentina (Coviar) e do Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguay (Inavi).

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) encomendou estudo sobre a matéria e deverá encaminhar para o Ministério da Fazenda – que estava representado no evento – para mostrar aos responsáveis governamentais dados alarmantes e mostrar os prejuízos que a guerra fiscal entre os estados traz para toda a cadeia produtiva nacional.

Reforçando o quadro traçado na apresentação, a assessora jurídica do IBRAVIN, Kelly Lissandra Bruch, apresentou um estudo complementar com argumentos em defesa do enquadramento das vinícolas no Simples Nacional. Hoje, como o vinho está enquadrado como bebida alcoólica, não há essa possibilidade.

Kelly mostrou dados que dão conta de que 90% da produção de vinho gaúcho são comercializados por 15% das empresas, sendo que os 10% restantes são vendidos pelas empresas que compõem os outros 85%. “Esse é um forte indicativo de que a grande maioria das empresas é de pequeno porte e se enquadraria no Simples Nacional, o que faria com que a informalidade e a sonegação reduzissem drasticamente.”

Julio Gilberto Fante, empresário também ligado à produção de vinhos, coordenador do grupo de planejamento tributário do Ibravin, foi categórico ao afirmar que o estudo demonstra a total irresponsabilidade tributária do país e a falta de monitoramento do cumprimento das leis. Ele destacou os níveis aceitáveis da carga tributária vigente no Uruguai e na Argentina, que é simplificada e sem escalas, demonstrando o respeito e a importância que o setor vitivinícola recebe naqueles dois países. “Aqui, o vinho chega a ser onerado em 250% até chegar ao consumidor.”

Um exemplo da diferenciação de tratamento recebido pelo setor na Argentina foi apresentado pelo contador e executivo da Câmara de Exportadores de Mosto da Coviar, Sergio Colombo. Ele informou que o Governo do país editou uma medida que possibilita que as empresas reinvistam até 14% dos impostos devidos para modernização tecnológica nos vinhedos, na aquisição de maquinário e na qualificação da mão de obra para a elaboração de espumantes.

Como o resultado se mostrou extremante positivo para o setor, este benefício tributário foi reeditado no ano passado no país vizinho. Este tipo de tratamento, segundo Fante, se configura em um bom exemplo de incentivo que poderia ser replicado no Brasil para auxiliar a competitividade da cadeia produtiva.
 
Infelizmente, Brasília fica muito longe! Talvez em outro planeta!

VINICOLA PERINI - MAIOR NÚMERO DE RÓTULOS NO ANUÁRIO VINHOS DO BRASIL

A Vinícola Perini foi uma das grandes estrelas da nova edição do Anuário Vinhos do Brasil, editado pela Baco Multimídia em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

A empresa do Vale Trentino, em Farroupilha, foi a vinícola que teve o maior número de vinhos pontuados entre os melhores da produção nacional. Ao todo, 17 rótulos da Perini foram listados nesta importante publicação do setor vitivinícola brasileiro. A segunda colocada teve 14 rótulos indicados.


1) Perini Natural Brut Champenoise
2) Perini Natural Brut Prosecco
3) Espumante Perini Brut
4) Perini Moscatel Rosé Aquarela
5) Arbo Moscato
6) Arbo Riesling
7) Perini Qu4tro (Ancelotta, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat)
8) Arbo Cabernet Sauvignon/Merlot
9) Perini Solidário Cabernet Sauvignon/Merlot
10) Fração Única Cabernet Sauvignon
11) Arbo Cabernet Sauvignon
12) Fração Única Merlot
13) Arbo Merlot
14) Perini Merlot
15) Marselan Perini
16) Branco Fortificado Perini Éden
17) Sushi Wine Merlot, Cabernet (Perini)

O maior destaque foi para o espumante Perini Natural Brut Champenoise, que ganhou 89 pontos de 100 possíveis. “A elaboração de bons espumantes é uma marca da vitivinicultura nacional e investimos para que os espumantes da Perini sejam uma referência nesse universo”, comemora o diretor-presidente da vinícola, Benildo Perini, acrescentando que “é uma honra ter o maior número de vinhos recomendados pela publicação”.

O empresário ressalta que a Perini possui um mix completo de “vinhos borbulhantes” para cada consumidor identificar suas preferências. Essa diversidade de opções proposta pela vinícola contribuiu para a conquista dos avaliadores do anuário. Nessa linha estão o Perini Moscatel Rosé Aquarela, Perini Natural Brut Prosecco
e Perini Brut.

No rol de vinhos tranquilos, as linhas Arbo, Fração Única e Casa Perini também ingressaram nas listas dos Melhores Vinhos do Brasil. “Uma safra excepcional, como colhida em 2012, e nossa experiência e tradição na elaboração de vinhos finos impulsionaram a qualidade de tintos e brancos para além dos padrões tradicionais”, registra Benildo Perini. Ele se refere aos rótulos Arbo Moscato, Arbo Riesling, Arbo Cabernet Sauvignon/Merlot), Arbo Merlot, Arbo Cabernet Sauvignon, Fração Única Cabernet Sauvignon e Fração Única Merlot.

O empresário também aponta que os vinhos Perini Solidário
(Cabernet Sauvignon/Merlot), Perini Merlot, Perini Marselan, Branco Fortificado Perini Éden, Perini Sushi Wine (Merlot/ Cabernet) e Perini Qu4tro (Ancelotta, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat), despontaram no ranking do anuário, comprovando seu alto nível de qualidade. “Nossos rótulos atingiram um prestígio inigualável ao serem incluídos no grupo dos Melhores Vinhos do Brasil e reafirmaram a expertise da Vinícola Perini na elaboração de vinhos finos”, conclui Benildo Perini.

quarta-feira, 27 de março de 2013

CONFRARIA DOS SOMMELIERS - TESTE DOS ROSÉS DO VELHO MUNDO

Resultado da degustação do mês de março envolvendo 15 amostras de vinhos rosés do Velho Mundo, com exceção da Provence:
 
1º Lugar - 86,87 pontos, amostra 5, representada pelo vinho Prado Rey Rosado 2011, da Espanha, importado pela Decanter.
2º Lugar - 84,50 pontos, empatadas as amostras 2 , 3 e 8 representadas respectivamente pelos vinhos, Defesa 2011 de Portugal, importado pela Qualimport, L’Hortus 2011 da França, importado pela De La Croix e o Rosato di Toscana 2011 da Itália, importado pela Mistral.
5º Lugar - 84,25 pontos, amostra 13 representada pelo vinho Chateau La Mothe Du Barry 2011 da França, importado pelo Empório Mundo.
6º Lugar - 84,12 pontos, amostra 11 representada pelo vinho Quinta de Linhares 2010 de Portugal, importado pela Premium Wines.
7º Lugar - 83,62 pontos, empatados as amostras 4 e 12 representadas respectivamente pelos vinhos De Casta 2011 da Espanha, importado pela De Vinum e o Tavel Domaine Lafond 2011 da França, importado pela Tahaa Vinhos.
9º Lugar - 83,37 pontos,  amostra 15 representada pelo vinho Tavel Beaurevoir 2010 da França, importado pela Mistral.
 
10º Lugar - 83,00 pontos,  amostra 1 representada pelo vinho Plaisir d’été 2010 da França, importado pelo Empório Mundo.
11º Lugar - 82,62 pontos, amostra 6 representada pelo vinho Planeta Rosé 2011 da Itália, importado pela Interfood.
12º Lugar - 82,12 pontos, amostra 9 representada pelo vinho Tavel E. Guigal 2011 da França, importado pela Interfood.
13º Lugar - 81,50 pontos, amostra 10 representada pelo vinho Le Rosé de Mouton Cadet 2011 da França, importado pela De Vinum.
14º Lugar- 1,25 pontos,  amostra 14 representada pelo vinho Fontemorsi 2011 da Itália, importado pela Premium Wines.
15º Lugar - 81,12 pontos, amostra 7 representada pelo vinho Sonrojo 2011 da Espanha, importado pela Dominio Cassis.

terça-feira, 26 de março de 2013

FEIRA PROWEIN AMPLIA AS POSSIBILIDADES DOS VINHOS DO BRASIL NA EUROPA

A fama de melhor feira mundial para o setor do vinho se confirmou para a comitiva do Wines of Brasil que participa pela nona vez da Prowein, realizada até hoje (26 de março), em Dusseldorf, na Alemanha. Todas as vinícolas participantes que já exportavam para a Europa ampliaram o número de distribuidores, e quem foi à procura de um parceiro comercial está retornando com contatos consistentes para distribuição. A participação brasileira na ProWein 2014 é feita em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado do Rio Grande do Sul (SDPI/RS).

“Este ano percebemos que, para o trade internacional, o Brasil já não é mais desconhecido. Estamos no centro das atenções graças ao trabalho feito até aqui e por causa dos eventos esportivos que iremos sediar”, observa a diretora de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Andreia Gentilini Milan.

Andreia explica que nos primeiros anos, o esforço para divulgação era muito maior, as empresas precisavam convidar quem passava na frente do estande para provar os produtos e o Brasil era visto com curiosidade. Hoje, a maioria das vinícolas já chega a feira com uma agenda de reuniões bastante concorrida.

Os resultados obtidos pelos expositores atestam a percepção da executiva do Ibravin. Este ano, a Vinícola Aurora consolidou a parceria firmada com a Mack & Schühle AG, maior distribuidora de vinhos na Alemanha que está lançando o rótulo Brazilian Soul em seu estande. A gerente de exportações da Aurora, Rosana Pasini conta que esta linha de produtos foi desenvolvida para o mercado internacional, e é resultado de um contato feito com o Wines of Brasil e de degustações realizadas em uma edição anterior da feira.
 
“Não existe conhecimento sobre os produtos brasileiros nas redes alemãs, mas existe interesse. Por isso, quando chegamos até a Aurora, desenvolvemos um produto para que o cliente não tenha dúvida de onde ele vem. O Brasil é um país colorido, alegre e buscamos essa identidade nos vinhos”, relata Jan Christiaan Swanepoel, chefe de desenvolvimento de produtos da distribuidora alemã.
 
A vinícola também deu andamento às negociações com a maior rede online de venda de vinhos do Japão. “Já tínhamos visto o Brasil em outras feiras, mas como o país irá sediar a Copa e Olimpíadas, viemos conhecer os produtos para colocá-lo em nosso portifólio.” explica Takashi Hara, gerente geral da Belluna.

Em se tratando do torneio de futebol, o conceito do vinho oficial da Copa 2014 foi apresentado em primeira mão ao mercado pela Lidio Carraro no estande do Wines of Brasil. Apesar de os vinhos não estarem prontos, a enóloga e diretora técnica, Monica Rossetti explica que o lançamento do projeto no evento foi estratégico: “O que é feito na ProWein tem repercussão em todo do mundo. Como o contrato com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) foi fechado em fevereiro, estamos fazendo a apresentação tanto para o mercado internacional como para o brasileiro simultaneamente, a partir daqui”. Nomeado como Faces, a linha de produtos licenciada para o torneio terá um vinho tinto, um branco e um rosé que deverão ser colocados no mercado em junho, pouco antes do torneio que envolve as confederações de futebol.

Veterana na participação da feira, da qual participa desde 2005, a Casa Valduga utiliza a feira alemã para atender a importadores com os quais já se relaciona e também para ampliar suas fronteiras logísticas. A gerente de Exportação da vinícola do Vale dos Vinhedos, Elisa Walker, informa que no segundo dia de feira fechou um pedido de 12 mil garrafas de um único produto, realizou reuniões com representantes comerciais de países considerados de interesse estratégico, como Holanda e Inglaterra, e mesmo de países com os quais ainda não tinham tido contatos, como África do Sul e Nigéria. “A participação também é importante para recebemos feedbacks. Sempre comentam da excelente qualidade dos nossos espumantes e da apresentação dos produtos com rótulos c lássicos e elegantes”, complementa Elisa.

Antes mesmo de a ProWein iniciar o gerente de Exportação para a Europa do Grupo Miolo, Fabiano Maciel, já contabilizava 26 reuniões agendadas para a ProWein. Durante o evento, este número quase duplicou. Ele cita que esta situação se deve trabalho já realizado pela vinícola e pelo Wines of Brasil, pelo momento em que o Brasil se encontra e pela qualidade dos produtos. “Quem vem nos visitar já sabe o que quer e vem com objetivo de fazer negócio. Pela primeira vez estamos acessando importadores que realmente vão fazer a distribuição e forma mais ampla dos vinhos brasileiros na Europa. Agora sim, as exportações vão ganhar corpo” avalia Maciel.

Também veterana de feiras internacionais a Salton chegou à ProWein 2013 com uma gama de produtos específica para exportações. Quatro tintos, um branco e três espumantes compõem a linha Intenso que fez sua estreia para importadores e distribuidores na feira alemã. “Levou um ano e meio entre pesquisa e desenvolvimento. Vimos que o mercado procura vinhos brasileiros com estilo frutado, jovem, com pouca madeira, preço competitivo e rotulagem moderna e atrativa” resume o coordenador de exportação davinícola, Vagner Montemaggiore. “E o feedback que estamos recebendo tem sido surpreendente e nos ajudou a abrir novos clientes. Sairemos daqui com pedidos fechados e novas parcerias estabelecidas”, completa ele.

A Vinícola Garibaldi é uma das duas empresas estreantes da comitiva brasileira e está apresentando dois espumantes, um brut Chardonnay e um brut Rosé, como ensaio para um participação futura mais estruturada. “Os produtos estão sendo bastante elogiados. Recebemos a visita de um grupo de estudantes de enologia que disseram que nosso espumante foi o melhor que degustaram na feira. Também recebemos conselhos a respeito de aprimoramento de layout dos nossos rótulos”, relata a recepcionista da empresa Flor Maria Santos Silva.

A Domno do Brasil é a outra vinícola que está pela primeira vez na ProWein e deve retornar ao Brasil com o objetivo cumprido. “Não tínhamos distribuidor na Europa e já conseguimos alinhavar com algumas empresas o início de nossas exportações”, revela o diretor administrativo Jones Valduga. Ele conta que a experiência também é positiva pelo retorno dos visitantes. Ele destaca o fato de o Brasil já ser reconhecido pela qualidade de seus produtos. “As pessoas que vêm ao estande querem degustar os espumantes, principalmente porque já ouviram falar deles. Cinco anos atrás ninguém sabia que o Brasil produzia vinho”, observa Valduga.

Por pertencer à Dão Sul, grupo vitivinícola português, a ViniBrasil, localizada no Vale do São Francisco, já possui uma rede de distribuição estruturada na Europa. Entretanto, para Osvaldo Amado, diretor de enologia do grupo, a participação na feira junto é considerada estratégica justamente para reforçar a divulgação da marca Wines of Brasil e para mostrar a diversidade de produtos elaborado no país. “Os brancos e espumantes da Serra Gaúcha já são conhecidos, mas os tintos produzidos no Nordeste não. As pessoas vem aqui, provam e se surpreendem pelo potencial que eles apresentam. E o mercado está sempre ávido por novidades”, explica Amado.

“Vim para reencontrar meus importadores, ampliar a distribuição na Europa e para prospectar novos parceiros nos países nórdicos e baixos”. É dessa forma direta e objetiva que o diretor Flávio Pizzato, da Pizzato Vinhas e Vinhos, encara sua participação na ProWein, na qual marca presença há três anos. Na avaliação do enólogo, este ano a maior conquista foi a aproximação com clientes potenciais na Dinamarca e a inserção de seus produtos na linha regular de vendas da Kaufhof, a maior rede varejista da Alemanha. “Assim como a Expovinis é para o Brasil, a ProWein é para o mundo”, finaliza.

LEI SECA - UM DESERTO DE FALTA DE CRIATIVIDADE

O endurecimento das regras da Lei Seca já está chegando na área da enogastronomia e prejudicando os resultados financeiros, rebaixando o nível das receitas operacionais para  abaixo da média.

Do outro lado da questão, estão os consumidores que, quando pegos infringindo a lei, arcam com a multa para quem dirige embriagado, com ou sem bafômetro, que está com o valor de R$ 1.915,30, somado a perda do direito de dirigir por 12 meses e a retenção do veículo até que chegue alguém habilitado e sóbrio!
 
Em termos da lei e sua tolerância zero, o motorista é convidado a usar o bafômetro ou é submetido a exames clínicos (sangue). As referências legais dão conta de que de 0,05 a 0,33 miligramas de álcool por litro de ar dos pulmões, ocorre infração do Artigo 165, Código de Trânsito Brasileiro. Acima de 0,33 a infração se torna crime de trânsito, o motorista paga a multa, perde a habilitação e pode passar no xilindró de seis meses a três anos.
 
Não somos contra o controle do grau de embriaguez do motorista, pelo contrário, o estado de embriaguez em seus vários níveis deve ser penalizado progressivamente. Antes de atingir um primeiro grau de embriaguez, o motorista pode ter simplesmente tomado alguma coisa que não prejudica a sua capacidade de dirigir. Exemplificando:
 
Se tomar uma taça de 125 ml de vinho, teor 13,5%, o álcool residual vai apontar cerca de 0,25 miligramas por litro, ou seja, configura infração de trânsito.
 
Não se animem os cervejeiros! Ao tomar uma garrafa long-neck, 300 ml de cerveja a 4,7% de teor, o álcool residual será de 0,12mg/l e sofrerá as penalidades de infração de trânsito.
 
Obviamente que essas doses, acompanhamentos usuais de uma refeição não vão deixar o motorista embriagado, sem reflexos e coisa do gênenro.
 
O que concorre contra a aplicação de critérios de criatividade, dando penalização de acordo com as faixas de concentração de álcool, é o fato das pessoas são diferentes, organismos díspares com capacidades distintas de absorção dos efeitos do álcool. A solução envolveria uma equação de tamanha complexidade que nem um gênio saberia como aplicá-la.
 
Bem! Fui vencido! Pela segurança no trânsito... lei seca e tolerância zero, acima de qualquer argumentação!!!
 
Criatividade vai ficar a cargo dos restaurantes e dos frequentadores. Disponibilizar van para levar clientes, ter taxi à porta, sortear quem do grupo não vai beber... 
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

IP ALTOS MONTES - APROVADA A INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA DE FLORES DA CUNHA E NOVA PÁDUA

A oficialização da terceira Indicação de Procedência (IP) de vinhos brasileiros já tem dia, hora e local marcados. No dia 18 de abril, às 19h, na Escola Internacional de Gastronomia (UCS/ICIF) será entregue pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a IP Altos Montes, compreendendo a região produtora localizada entre as cidade de Flores da Cunha e Nova Pádua. Desde 2005 a Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes) pleiteava a distinção, que foi deferida pelo órgão em dezembro passado.

A Apromontes foi criada em 2002 e desde então ocorreu um grande processo de transformação nas vinícolas e produtos da região produtora. Foram realizados muitos investimentos em vinhedos, vinícolas e em enoturismo. Atualmente somos 11 vinícolas preparadas para receber bem e produzir ótimos vinhos. Esse será um marco em nossa história”, destaca o presidente da Apromontes, Deunir Argenta.

 




 Vinhedo da região dos Altos Montes (fotografia - Gilmar Gomes)
 

Para receberem o selo da IP os vinhos da região passarão, a partir de agora, por um criterioso processo de seleção, que delimita o local de cultivo das uvas, as variedades utilizadas na elaboração dos vinhos, critérios de produtividade, entre outros. Ao todo, 14 vinhos produzidos em 2012 já poderão ser lançados com selo. “Na safra 2013 o número de produtos com selo já deve dobrar”, destaca o presidente do Conselho Regulador da Apromontes, Daniel Salvador.

Além do esforço dos produtores associados à Apromontes, o reconhecimento da IP foi possível graças ao projeto financiado pela Embrapa, tendo como instituições executoras a Embrapa Uva e Vinho (coordenação geral), a Embrapa Clima Temperado, a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao todo, o projeto mobilizou uma equipe de 15 pesquisadores destas instituições. O trabalho ainda contou com apoio financeiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo.



 Vinhedo da região dos Altos Montes (fotografia - Gilmar Gomes)

Segundo Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa que coordenou o projeto da IP Altos Montes, o reconhecimento é resultado da clareza de objetivos imposta pela associação de produtores, bem como cooperação com a equipe do projeto, que teve início em 2005 com o então presidente da Apromontes, Antonio Mioranza. “Em poucos anos de trabalho já são visíveis os resultados obtidos com a produção de vinhos cada vez melhores, que conquistam o reconhecimento dos consumidores. Alguns produtos são históricos na região, como o Riesling Itálico, o Cabernet Franc e a Malvasia de Candia. Outros estão se firmando como novas descobertas, como é o caso da Ancellotta”, destaca Tonietto.

Norberto de Barcellos, da Barcellos Marcas, empresa responsável pelo processo junto ao INPI, explica que o pedido foi encaminhado à Delegacia Regional do Rio Grande do Sul no dia 13 de março de 2012. A partir de então não sofreu nenhuma exigência e tramitou normalmente. A publicação de deferimento ocorreu em 10 de dezembro de 2012, após uma tramitação rápida pelo órgão. “A tramitação foi muito rápida devido a exigência estabelecida em todas as etapas pela própria região produtora”, finaliza Barcellos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

VINHO BRASILEIRO - DEBATE SOBRE UMA TRIBUTAÇÃO MAIS DO QUE LEONINA!

O Seminário Tributação e Competitividade do Setor Vitivinícola será realizado em Brasília-DF, amanhã, dia 21 de março, às 9h30 no auditório do Sebrae e vai discutir os impostos incidentes nos vinhos brasileiros e seu impacto para a sustentabilidade da cadeia produtiva. Como todos sabemos, a legislação incidente sobre o vinho brasileiro é uma das mais leoninas do mundo!
 

Programação também compreenderá a apresentação dos sistemas tributários argentino e uruguaio e de estudo para enquadramento das vinícolas no Simples Nacional
 

O evento constitui uma iniciativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e apoio do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) / Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa/RS). Carlos Paviani, diretor executivo do Ibravin, espera que o debate sobre o tema auxilie na sensibilização do Governo Federal ao trazer dados que mostram o peso dos tributos nos diversos elos da cadeia produtiva que oneram o vinho nacional em até 52% de seu preço final.

A programação do seminário também terá a apresentação dos sistemas tributários vitivinícola da Argentina e do Uruguai, que precederão a apresentação do estudo feito no Brasil. O assunto será detalhado pelo advogado Rômulo de Jesus Dieguez de Freitas, da Maja Consultoria, autor da pesquisa.

A assessora jurídica do Instituto Brasileiro do Vinho, Kelly Lissandra Bruch, por sua vez, debaterá sobre o enquadramento das vinícolas no Simples Nacional. Na oportunidade serão lançadas as cartilhas Legislação Vitivinícola e Como formalizar uma vinícola, de autoria da advogada, que é professora de Direito do Vinho no Mestrado de Gestão Vitivinícola, editadas pelo Ibravin e pelo Sebrae Nacional.

Programação Seminário Tributação e Competitividade do Setor Vitivinícola

9h30 – Credenciamento

09h45 – Abertura

10h10 – O Sistema Tributário Vitivinícola Uruguaio

Apresentação: Roberto Methol, representante do Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguay (Inavi)

10h30 – O Sistema Tributário Vitivinícola Argentino

Apresentação: Sergio Colombo, representante da Corporación Vitivinicola Argentina (Coviar)

11h10 – Debate:

Júlio Fante – Coordenador do Grupo de Planejamento Tributário do Ibravin

Jane Ballen – Assessora Sindivinho

Representante da Secretaria da Fazenda, da Receita Federal

Coordenação: Kelly Lissandra Bruch

11h30 – Intervalo

11h50 – Estudo Tributação do Setor Vitivinícola Brasileiro e Competitividade

Apresentação: Rômulo de Jesus Dieguez de Freitas – Maja Consultoria

12h10 – SIMPLES e vinhos: uma combinação possível

Apresentação: Kelly Lissandra Bruch – Ibravin

12h30 – Lançamento das cartilhas Legislação Vitivinícola e Como formalizar uma vinícola.

12h50 – Debate:

Júlio Fante – Coordenador Grupo de Planejamento Tributário do Ibravin

Jane Ballen – Assessora Sindivinho

Representante da Secretaria da Fazenda, da Receita Federal

13h10 – Encerramento

OIV - FORMADA A COMISSÃO TÉCNICA BRASILEIRA DA VINHA E DO VINHO

País membro da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) desde 1996, o Brasil passa a ter uma comissão para organizar e apoiar de forma mais efetiva a participação brasileira nesta entidade. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu a Comissão Técnica Brasileira da Vinha e do Vinho (CTBVV), estabelecendo assim, a criação de um colegiado técnico-científico composto por entidades governamentais e privadas para debate interno das resoluções e das questões propostas pelo órgão internacional.
 
Até o momento, a participação do Brasil na OIV era feita de forma pontual, com o acompanhamento de alguns temas feito por meio de especialistas indicados pelo MAPA, sem que houvesse, muitas vezes, discussão prévia junto ao setor ou informações técnicas e de contexto relativas a estes assuntos. Com a criação da CTBVV, o Governo Federal poderá defender posições e propor resoluções junto ao órgão internacional com maior embasamento, a partir de diretrizes determinadas pela comissão, refletindo os interesses do setor vitivinícola brasileiro.
 
“A comissão foi criada para fazermos internamente a avaliação dos temas tratados na OIV e para que possamos atuar com mais eficiência defendendo os interesses do Brasil”, resume a Dra. Regina Vanderlinde, gerente geral do Laboratório de Enologia (Laren), uma das representantes do Brasil nas reuniões da OIV e que, desde 2001, também responde pela Secretaria Científica da Subcomissão de Método e Análise da entidade internacional.
 
A assessora jurídica do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Kelly Bruch, que desde 2009 representa o Brasil nas discussões na OIV na condição de especialista para a área de Direito e Economia, comemora a criação da comissão. "A organização interna da delegação brasileira é primordial para uma participação eficaz na OIV. E eu entendo que a criação e a efetiva implementação da CTBVV será fundamental neste sentido", observa Kelly.
 
A criação da comissão foi publicada no Diário Oficial da União no início do ano. O próximo passo para o funcionamento da comissão será a designação dos organismos que integrarão os grupos técnicos e a formatação de uma agenda de trabalho.
 
“O Governo Federal formalizou uma instância de discussão interna dos projetos. As resoluções passam a ser debatidas pelo setor para serem levadas à OIV o que não existia antes. Isso funcionará na medida em que as instituições representativas da vitivinicultura derem suporte a seus quadros técnicos para participar desta comissão”, observa o diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani.
 
SAIBA MAIS
 
O que é a Comissão Técnica Brasileira da Vinha e do Vinho (CTBVV)
 
A CTBVV constitui-se num colegiado técnico-científico, composto por entidades governamentais e privadas, com o objetivo de organizar e acompanhar a participação brasileira junto à Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
 
Estrutura da CTBVV:
 
A presidência da comissão será exercida pelo coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do MAPA. A estrutura de funcionamento também compreende uma coordenação-geral, uma coordenação técnico-científica, comissões de especialistas brasileiros, membros aderentes e secretaria.
Finalidades da CTBVV:
 
 
- Acompanhar as atividades da OIV, em proveito da defesa dos interesses do setor vitivinícola nacional e da sociedade brasileira
- Manter, atualizar e coordenar em âmbito nacional as informações sobre as atividades da OIV
- Sistematizar e fornecer informações técnico-científicas com vistas a subsidiar o posicionamento oficial do Brasil junto à OIV, em consonância com as diretrizes do MAPA
- Propor à OIV a elaboração ou revisão de resoluções, em atendimento aos interesses nacionais
- Indicar os representantes para compor a delegação brasileira nas reuniões e demais eventos da OIV
- Contribuir para a geração e o compartilhamento de conhecimento técnico-científico na área da vitivinicultura
Quais serão as comissões da CTBVV
 
 
As comissões de especialistas brasileiros equivalem-se às comissões e subcomissões existentes na OIV e serão constituídas por técnicos indicados pelos órgãos e entidades que compõem a CTBVV .
C1: Viticultura e subcomissão - uvas de messa, passas e produtos não-fermentados da uva
C2: Enologia e subcomissão - métodos de análise
C3: Economia e direito
C4: Segurança e Saúde